Lewis Hamilton vence na Alemanha depois de acidente de Vettel em corrida com sol e chuva
Lewis Hamilton realizou uma das corridas de sua vida neste domingo (22) na Alemanha.
O piloto conquistou sua 66ª vitória na carreira depois de ter problemas na classificação e sair apenas de 14º no grid de largada.
Ele se utilizou da chuva e de um Safety Car – causado pelo acidente de seu rival na luta do título, Sebastian Vettel – para ir para o primeiro posto e ver sua desvantagem de oito pontos no mundial de transformar em folga de 17.
“É obviamente muito, muito difícil a largar desta posição, e tudo era altamente improvável, mas você sempre tem que acreditar”, disse Lewis depois da corrida.
“Eu fiz uma longa oração antes da corrida começar, fiz a volta da parada dos pilotos e pude ver o quanto eu tinha torcida hoje aqui. Continuei calmo e frio.
A equipe fez um ótimo trabalho e carro estava fantástico hoje – nunca teria pensado em fazer algo assim.”
“Foi tão difícil hoje, mas as condições foram perfeitas para os negócios.”
“Quando choveu, eu sabia que teria uma boa posição, mas você nunca sabe o que vai acontecer depois do Safety Car, já que os outros caras usariam pneus novos.”
“Estou muito agradecido pelo trabalho árduo que a equipe fez e espero que isso comprove a crença deles em mim.”
“E para aqueles que não me conhecem, agora vocês conhecem.”
Com esse resultado, Hamilton assumiu a liderança do campeonato com 188 pontos, contra 171 de Vettel e 131 de Raikkonen.
TOP TEN na Alemanha
Pos Piloto Equipe
01 Lewis Hamilton Mercedes
02 Valtteri Bottas Mercedes
03 Kimi Raikkonen Ferrari
04 Max Verstapen Red Bul / Renault
05 Nico Hulkenberg Renault
06 Romain Grosjean Haas / Ferrari
07 Sergio Perez Force India / Mercedes
08 Esteban Ocon Force India / Mercedes
09 Marcus Ericsson Sauber / Ferrari
10 Brendon Hartley Toro Rosso / Honda
A F-1 volta às pistas na Hungria já no próximo final de semana.
Kevin Harvick vence em New Hampshire
O chamado “Big 3” da NASCAR continua dominando o campeonato de 2018. Kevin Harvick, Kyle Busch e Martin Truex Jr. chegaram em New Hampshire somando ao todo 14 vitórias das 19 provas oficiais.
Após a pole de Kurt Busch, vitórias de Truex e Chase Elliott nos dois primeiros segmentos, as voltas finais em Loudon ficaram reservadas para o duelo entre Busch e Harvick, com o piloto do Ford Fusion #4 (que foi brilhantemente pilotado por Tonny Stewart até 2017) da Setwart-Haas dando um bump no carro #18 e conseguindo a sexta vitória do campeonato, recorde pessoal na carreiro do piloto, sendo também o 43º triunfo da carreira do piloto de 42 anos.
Busch teve que se conformar com a segunda posição, seguido de Aric Almirola, Truex e Elliott, completando o top-5.
Com os resultados, Harvick ultrapassou Busch no número de pontos de playoff, 32 a 30, que serão adicionados assim que a fase final do campeonato começar.
A próxima etapa da NASCAR Cup será em Pocono, no domingo (29).
História da Indústria Automobilística Nacional: Chevrolet Opala, 50 anos de sucesso!
O Chevrolet Opala foi um modelo de automóvel fabricado pela General Motors do Brasil. Foi o primeiro automóvel de passeio fabricado pela montadora no país, tendo sido produzido de 1968 a 1992.
O Opala foi apresentado ao público brasileiro no Salão do Automóvel de 1968.
A carroceria do modelo da General Motors foi inspirada no alemão Opel Rekord, mas com estilo e potência parecidas com a do modelo americano Impala, também fabricado pela marca.
O nome Opala veio da junção de opel + impala. Em um curto período de vendas, houve grande aceitação pelo público, tornando-se um modelo consagrado.
Fabricado até 1992, o Opala teve diversos usos, estando na garagem da população comum, além de se tornar viatura de polícia e a SW Caravan.
Após mais de vinte anos do fim de sua fabricação, o modelo ainda é utilizado como carro diário, também atingindo status de veículo de coleção.
Histórico
Seu projeto, chamado de 676, demorou cerca de dois anos para a conclusão, sendo apresentado na abertura do VI Salão do Automóvel de São Paulo, num sábado, dia 23 de novembro de 1968, já como linha 1969.
Sua carroceria era uma combinação das carrocerias do alemão Opel Rekord C / Opel Commodore A, fabricado de 1966 a 1971 com a mecânica do norte-americano Chevrolet Impala, fazendo que existisse duas unidades de medida distintas (em função dos países de origem), tanto no conjunto motriz, como na carroceria.
Fora fabricado ao longo de 23 anos e cinco meses na cidade paulista São Caetano do Sul, localizada na Região Metropolitana de São Paulo, passando por atualizações estéticas e mecânicas, sendo mantido o projeto original, até ao dia 16 de abril de 1992, uma quinta-feira.
Durante o período em que esteve em produção, foram oferecidas paralelamente duas opções de motores ao Opala, 4 ou 6 cilindros, tanto para as versões básicas, luxuosas ou esportivas.
Durante todo o seu período de fabricação, foi considerado um veículo robusto e confortável, com um bom espaço aos ocupantes.
Do início ao fim de sua produção, não sofreria grandes mudanças no projeto original, mantendo a mesma linha de cintura (desenho lateral) e motorização com o passar dos anos, sendo eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1972, e a station wagon (SW) Caravan, de 1976.
Ao final de sua produção, acumularia um número próximo a um milhão de unidades, sendo sucedido pelo Omega, um também projeto Opel.
Em sua campanha publicitária de lançamento, nos comerciais televisivos personalidades de época como o jogador de futebol Rivelino e a atriz Tônia Carrero, testavam o veículo anunciando as qualidades que o mesmo oferecia, enquanto que a propaganda impressa daria destaque na robustez e performance que o Opala fornecia.
Versões
Standard / Especial
Com o lançamento da linha Opala, foram disponibilizadas duas versões, a Standard (a partir de 1971 seria denominada Especial) e a Luxo.
A Especial era a versão mais em conta, com acabamento mais simples, vindo de fábrica com o motor de quatro cilindros 2500 (sendo oferecido como opcional o motor seis cilindros 3800) e freios a tambor.
Em 1980, a versão básica seria representada apenas como Opala, permanecendo até 1985, quando seria rebatizada Opala L.
Com o lançamento da linha 1988, a linha Opala receberia as mesmas terminologias da linha Monza, e os modelos básicos novamente rebatizados, passando a serem denominados Opala SL /Caravan SL. Os modelos L, passariam a ser versões restritas ao uso governamental.
A versão Luxo corresponderia a versão mais cara da linha, com acabamento superior e cromados exteriores, sendo ofertados como opcionais freios a disco e teto de vinil e o motor 3800, e com o lançamento de uma versão mais cara, tomaria o posto de versão intermediária.
Gran Luxo
Lançada em 1971, a Gran Luxo era posicionada como a versão topo de linha, com acabamento superior ao Luxo. Para o Gran Luxo, poderia-se optar a versão coupé (2 portas) ou sedan (4 portas), duas opções de motor, sendo a de quatro cilindros 2500 e a seis cilindros 3800 (que logo fora substituído pelo 4100 – antes exclusividade da versão SS) e câmbio no assoalho.
Opala SS
Em 1971, a versão esportiva SS (na carroceria quatro portas) foi lançada para disputar o mercado de carros esportivos, vindo com acabamento diferenciado, como volante de 3 raios, rodas esportivas, painel com conta-giros (com escala até 6 mil rpm) e faixas esportivas com a inscrição SS nos para-lamas, sendo o destaque da versão o então novo motor 4100, bancos individuais e câmbio de 4 marchas no assoalho.
No ano seguinte, com o lançamento da carroceria 2 portas, quase todas as unidades SS nesta configuração, havendo mínima produção na carroceria 4 portas, sendo logo retirada de oferta.
Em 1973, com a crise do petróleo, a Chevrolet lançaria a versão SS4 do Opala para 1974, com motor de 4 cilindros.
Em 1975 o motor 250-S (o mesmo 4100, mas com tuchos mecânicos) seria lançado para rivalizar com os modelos Maverick GT, da Ford, e Charger R/T, da linha Dodge, ambos com motores V8.
Os modelos SS seriam oferecidos até 1980, sofrendo modificações conforme os anos, como a disposição das faixas e demais adereços.
SW Caravan
Em 1975, a linha Opala receberia uma reestilização mais abrangente, e com o lançamento da nova linha, era lançada a perua Caravan, desenvolvida a partir da variante station wagon do Opel Rekord (Opel Rekord C Caravan), recebendo o mesmo nome.
A Caravan ofereceria as mesmas opções de motores e acabamento, inclusive a esportiva SS, lançada em 1978.
Ao contrário dos modelos 2 e 4 portas, a Caravan não receberia a versão Diplomata em 1980 quando fora lançada, apenas 5 anos depois.
Comodoro
No ano de 1975, somado a remodelação visual da linha e do lançamento da Caravan, houve o lançamento de uma nova versão de luxo (em substituição a Gran Luxo), batizada de Comodoro.
A versão trazia diferenciais como o interior com apliques de jacarandá, meio teto de vinil Las Vegas (exclusivo para o modelo coupé) e um filete pintado na linha de cintura da carroceria.
Em 1980, a versão Comodoro seria reposicionada como opção intermediária na linha Opala (permanecendo até o encerramento desta) em função do lançamento da versão Diplomata, mas como versão topo de linha para a station wagon Caravan, esta lançada na versão Diplomata somente em 1986.
Com o lançamento da linha 1988, a versão Comodoro seria rebatizada Comodoro SL/E.
Algumas edições especiais do Comodoro, na época sem distinção documentada, tinham teto de viníl, rodas esportivas de magnésio ou ainda teto solar, essas versões, assim como a versão pick-up (inspirada no V-8 El Camino) que teve apenas alguns poucos exemplares fabricados e são motivo de muitas discussões entre os especialistas em carros antigos.
Diplomata
Para o ano de 1980, a linha Opala passaria por uma remodelação mais profunda, assumindo formas mais retangulares nas lanternas dianteiras e traseiras.
Embora recebesse uma reformulação externa, o interior dos veículo não seria reformulado para 1980, e sim 1981, também com desenho retangular, com exceção do painel de instrumentos, que manteve relógios circulares, junto com um novo volante e novo acabamento, e o reposicionamento da alavanca do freio de estacionamento.
Ainda neste ano, surgiria a nova versão topo-de-linha Diplomata, mantendo como opcionais o revestimento de vinil (total ou parcial) e outros itens de conforto.
Em 1985 ocorreria uma leve reestilização da linha Opala, como novas lanternas traseiras e a incorporação faróis de milha aos faróis principais.
O destaque maior seria nos itens de conforto oferecidos, como vidros, travas, retrovisores, antena e porta-malas elétricos, assim como itens funcionais melhorados (desembaçador traseiro e direção ajustável).
A linha 1988, as versões foram renomeadas para SL, Comodoro SL/E e Diplomata SE.
Havia ainda a versão L, restrito a frota de pessoas jurídicas e governamentais.
Receberia modificações mais significativas na frente e na traseira, com poucas alterações no interior.
Toda linha receberia faróis trapezoidais, grade prateada (preta no modelo SL) lanternas traseiras coloridas e com nova disposição das luzes e apliques na seção central (onde ficava a placa de licença), com exceção dos modelos SL, escondendo o bocal de combustível, e com diferentes cores, conforme a versão (Rubi no Comodoro e Fumê no Diplomata).
No interior as novidades de sempre, novos volantes e grafismos nos instrumentos, agora com iluminação indireta, e alguns recursos então raros para o mercado nacional: ajuste de altura da coluna de direção de sete posições, ar condicionado com saída para os passageiros no banco traseiro, alarme sonoro para faróis ligados e temporizadores de faróis, da luz interna e dos controles de vidros. A partir daí, seguiram vários retoques em detalhes estéticos e aprimoramentos mecânicos, elétricos e de conforto até o fim da sua produção.
Para o segundo semestre de 1990, o Diplomata SE deixou de contar com a motorização 4 cilindros, ao passo que o velho 4100 ganhou aprimoramentos visando economia.
Na potência declarada, contudo, houve um acréscimo de 3 cv, tanto nas versões a álcool, quanto a gasolina.
Os exemplares dessa safra, com motor “biela-longa” e demais aprimoramentos, no entanto, sem os para-choques envolventes, diferenciavam-se dos demais pela ausência de frisos no entorno da lanterna traseira.
Caravan Comodoro
O último exemplar do Opala foi fabricado no dia 16 de abril de 1992, quando foi produzido o Opala de número 1 milhão.
A ocasião de seu encerramento mobilizou vários entusiastas e fãs do automóvel a sair em carreata nos arredores da fábrica em São Caetano do Sul, em protesto a retirada do modelo de linha.
Uma série limitada especial do encerramento da produção do Opala foi batizada Diplomata Collectors.
Foram fabricados em apenas 3 cores: azul Millos, preto Memphis e vermelho Ciprius, equipadas com câmbio automático, eram acompanhados de chaveiro com inscrições douradas, traziam um VHS sobre a história do Opala e um certificado assinado pelo presidente da GM do Brasil, tudo dentro de uma pasta de couro.
Mesmo nessa versão, a forração em couro preto era opcional.
Vale ressaltar que essa série teve 100 exemplares sem numeração especial nos chassis e frequentemente muitas pessoas pensam (erroneamente) que foram os últimos 100 exemplares fabricados, mas limitaram-se apenas a estar entre os últimos fabricados.
A série Collectors não tem numeração de chassis sequencial, significando que entre a fabricação de um veículo e outro, foram fabricados exemplares de outras versões. Porém, todos os exemplares tem numeração de chassis compreendida entre 107.837 e 108.055- destes, todos Diplomatas são Collectors.
O último Opala o que aparece no vídeo (CTH-1992 chassi 107904) foi montado antes da serie Collectors.
Por reprovação do controle de qualidade, entre os defeitos mencionaram que o chassi está gravado de cabeça pra baixo nos vidros.
Portanto, ficou na fábrica abandonado.
Saiu da fábrica em 1998 ou 1999, esquecido pela GM.
Além disso, o carro foi desmanchado, onde aos poucos serviu para ceder peças aos clientes em curto prazo.
Na remontagem / restauração colocaram bancos do 91 onde aparece com os encostos de cabeça maciços.
Os emblemas traseiros foram colocados de forma errada e na parte de cima do vinco da tampa do porta-malas, como os modelos 90 para trás.
O carro foi emplacado em 98 / 99 quando finalmente saiu da fábrica um modelo Diplomata cor Preto Memphis, o mesmo foi emplacado e cedido pela Chevrolet para o acervo de exposição do Museu da Tecnologia da ULBRA em Canoas, Rio Grande do Sul.
Atualmente, este exemplar pertence a um ex-funcionário da GM e está em São Paulo.
O último Collectors fabricado que está em circulação atualmente, em São Paulo, encontrando-se com o Colecionador Alexandre G. Badolato, fabricado em 16 de abril 1992, possuindo cor vermelho Ciprius conforme várias imagens durante o vídeo de despedida de chassi final 108.055.
O último exemplar fabricado da Caravan (também em 16 de abril de 1992) também é de propriedade do colecionador Alexandre G. Badolato, foi um modelo SL ambulância que hoje está descaracterizada, não sendo mais ambulância, porém o colecionador a está restaurando e transformando-a em ambulância novamente .
A partir daí, o Opala teve como sucessor o Chevrolet Omega (fabricado no Brasil de 1992 a 1998) e depois importado da Austrália até 2012, e a Caravan teve como sucessora a Chevrolet Omega Suprema (fabricada no Brasil de 1993 a 1996).
O Omega foi um grande sucesso e um carro inovador pra época, mas vendeu bem menos que o Opala, principalmente devido a concorrência, enquanto o Opala era o único sedã grande do Brasil com poucos concorrentes de categorias abaixo, o Omega teve um grande número de concorrentes nacionais de categorias abaixo e dessa vez muitos importados no mercado, uma vez que o Opala não tinha concorrência dos importados, pois durante mais de 20 anos era proibido importações de carros no país, a abertura só ocorreu em 1990 quando Fernando Collor de Melo chegou a presidência.
Versatilidade
Várias organizações no Brasil adotaram o Opala e Caravan como veículos de suas frotas, foram muito usados como viatura de Polícia Civil e Militar, Guardas Municipais, Carro Oficial da Presidência da República, Carro Resgate do Corpo de Bombeiros, Ambulância.
Sua confiabilidade, robustez e facilidade de manutenção, e baixo consumo de combustível na versão 2.5 gasolina, também fizeram do Opala um dos carros mais utilizados como Táxi, em sua época.
A mecânica do Opala também serviu de base para vários outros carros esportivos fora-de-série e réplicas fabricadas artesanalmente, como o Santa Matilde, Puma GTB e o Fera XK, réplica do Jaguar XK de 2 lugares.
O Opala é um carro bem sucedido também na Stock Car (só Opala) e no Brasileiro de Turismo, onde era concorrente direto do Ford Maverick GT V8.
E em provas de arrancada, onde cada vez têm-se estabelecidos novos recordes de potência e tempos, tanto em preparações aspiradas ou turbo alimentados.
Em decorrência deste histórico de corridas, inúmeras receitas de customização surgiram, pela facilidade dos ajustes e grande disponibilidade de peças de performance.
Porém os acidentes também são frequentes, pela suspensão e geometria do carro antigo.
Uma das muitas façanhas do Opala foi ter estabelecido o recorde brasileiro de velocidade máxima. em Julho de 1970 na Rodovia Castelo Branco em São Paulo. O piloto Bird Clemente, a bordo de um Opala 4 portas, bateu o recorde brasileiro de velocidade, seguindo todos os regulamentos da FIA, cravando 245,51km/h; Bloco do motor, virabrequim, bielas, pistões, eram todos originais, a única diferença era a taxa um pouco mais elevada, válvulas maiores e três carburadores Weber.
Vinte e um anos depois em 1991, na direção de outro Opala, o piloto Fábio Sotto Mayor, estabelecia o novo recorde de velocidade, ao atingir 303,157 km/h, com um Opala 2 portas em um trecho da Rodovia Rio-Santos.
O carro também preparado de motor, tinha a frente em cunha e aliviado de peso, o que favorecia o desempenho.
Uma curiosidade bastante notada é a de que o Opala foi um carro o qual não era produzido em pacotes de itens, e sim de acordo como o comprador desejasse.
Como exemplo disso, existiam modelos intermediários como o Comodoro, que podia vir apenas com os frisos que o caracterizavam e sem nenhum item de luxo ou conforto (ar quente, direção hidráulica, desembaçador traseiro) e motor 250-S, como podia vir completo, apenas se diferenciando de um Diplomata através dos característicos frisos e do estofamento interno.
Cultura
O Opala é um carro luxuoso, com mecânica confiável.
Graças a tais características, tornou-se objeto de desejo de muitas pessoas, sendo um dos mais cultuados automóveis brasileiros de sua época e com vários clubes dedicados ao modelo ainda hoje.
São inúmeras as aparições de diversos Opalas em filmes, novelas, livros e músicas.
Dentre os filmes, destaca-se Muito Gelo e Dois Dedos d'Água, onde um Opala de Luxo vermelho vira um dos personagens principais e também Nossa Vida Não Cabe Num Opala.
Motorizações
Quatro cilindros
Aos primeiros anos do Opala, o motor quatro cilindros de 2509 cm³ (153 pol³) basicamente era uma versão 4 cilindros do motor do Stovebolt Americano.
Originalmente desenvolvido para equipar a linha básica do Chevrolet Nova de 1961.
Em 1974, com o objetivo de conferir maior suavidade ao Opala, o motor 4 cilindros recebeu alguns aperfeiçoamentos, como aumento do diâmetro dos cilindros, com pistões mais leves, bielas mais longas, virabrequim com menor curso, e volante com maior massa. Com isso, a cilindrada foi ligeiramente reduzida para 2474 cm³ (151 pol³), tendo menor giro.
Este motor ainda passou por mais alguns refinamentos, caracterizando-o como 151-S, com novo coletor de admissão de alumínio, carburador de corpo duplo.
Essas alterações visaram tornar o motor mais eficiente na opção SS.
Também foi oferecida a opção do álcool como combustível, um biocombustível de menor poder calórico, mas que produz mais potência que a gasolina por aceitar uma taxa de compressão mais elevada, além de ser menos poluente.
Com isso, os Opalas 4 cilindros a álcool obtiveram acelerações mais rápidas e velocidade final superiores aos modelos a gasolina.
Para manter uma distinção entre as séries de motores, a GM tinha por costume aplicar uma pintura de diferentes cores aos motores em determinadas épocas, como o verde, que indicava que o motor era o 151-S com carburação Weber 446 com corpo duplo, o azul, que indicava o motor 151 com carburador Solex H40 de corpo simples, e o amarelo, que indicava o motor a álcool com carburador Solex H34 de duplo estágio.
Motor |
Descrição |
Potência líquida |
Torque |
Fabricação |
Combustível |
Carburador |
153 |
4 cilindros 2.5L |
80 cv a 3800 RPM |
18 kgfm a 2600 RPM |
1968-73 |
Gasolina |
228 |
151 |
4 cilindros 2.5L |
82 cv |
– |
1974–77 |
Gasolina |
Solex H40 |
151-S |
4 cilindros 2.5L |
98 cv a 4800 RPM |
19,8 kgfm a 2800 RPM |
1971–80 |
Gasolina |
Weber 446 |
151 |
4 cilindros 2.5L |
88 cv |
– |
1985–88 |
Gasolina |
Solex H34 |
151 |
4 cilindros 2.5L |
90 cv |
– |
1988–90 |
Gasolina |
3E |
151 |
4 cilindros 2.5L |
92 cv |
– |
1991–92 |
Gasolina |
3E |
151 |
4 cilindros 2.5L |
103 cv |
– |
1980–84 |
Etanol |
Solex H34 |
151 |
4 cilindros 2.5L |
112 cv |
– |
1985–92 |
Etanol |
Solex H34 |
Seis cilindros
O motor de seis cilindros de 3.8L (230 pol³) utilizado no Opala deriva da 3a geração do veterano Stovebolt.
Tinha por características um bloco leve, e sete mancais no eixo virabrequim.
Originalmente destinava-se a alguns modelos da GM Americana, dentre eles: Chevrolet Nova, Impala, Chevelle, Camaro, e alguns utilitários leves.
No Brasil, este motor seguiu passando por várias atualizações e,inclusive após o encerramento da produção do Opala.
Logo em 1970, adotou virabrequim de maior curso, elevando seu deslocamento para 4.1L (250 pol³). Posteriormente, ao longo do tempo, recebeu pistões mais leves e bielas mais longas.
A Chevrolet desenvolveu em 1974, o motor 250-S, onde uma leve preparação era conferida ao motor 4100, como tuchos mecânicos, carburador duplo, comando de válvulas com maior duração de abertura, e também taxa de compressão mais elevada.
Oferecido opcionalmente, este 250-S mais agressivo foi homologado para a antiga Divisão 1 da CBA, com taxa de compressão 9,2:1.
Havia versões mais comuns do 250 com taxa de compressão de 7,8:1 e 8,5:1, mas todos poderiam ser vendidas normalmente ao público em concessionárias GM, sua principal desvantagem era o câmbio de transmissão que vinha de fabrica com apenas 4 velocidades tanto na versão manual quanto automático.
Este motor e suas variantes, equiparam também o Chevrolet Omega, os utilitários Chevrolet Bonanza, Chevrolet Veraneio, as pick-ups Chevrolet A20, Chevrolet C20 e Chevrolet Silverado, e alguns utilitários pesados, como o caminhão A60 (canavieiro), neste último com capacidade cúbica elevada para 4.8L/292pol3.
Motor |
Descrição |
Potência líquida |
Torque |
Fabricação |
Combustível |
Carburador |
230 – 3.8 |
6 cilindros 3.8L |
125 cv a 4000 RPM |
26,2 a 2400 RPM |
1968–71 |
Gasolina |
– |
250 – 4.1 |
6 cilindros 4.1L |
130 cv a 4000 RPM |
29 kgfm a 2400 RPM |
1971–75 |
Gasolina |
– |
250-S – 4.1 |
6 cilindros 4.1L |
171 cv a 4800 RPM |
32.5 kgfm a 2600 RPM |
1976–80 |
Gasolina |
– |
250 – 4.1 |
6 cilindros 4.1L |
132 cv |
– |
1980–84 |
Gasolina |
– |
250 – 4.1 |
6 cilindros 4.1L |
132 cv a 4000 RPM |
30,1 kgfm a 2000 RPM |
1985–90 |
Etanol |
Solex H34 |
250 – 4.1 |
6 cilindros 4.1L |
132 cv a 4000 RPM |
– |
1985–89 |
Gasolina |
DFV 446 |
250 – 4.1 |
6 cilindros 4.1L |
121 cv a 3800 RPM |
29,0 kgfm a 2000 RPM |
1991–92 |
Gasolina |
Solex 3E |
250 – 4.1 |
6 cilindros 4.1L |
141 cv |
32, 8 kgfm a 2500 RPM |
1991–92 |
Etanol |
Solex 3E |
Observações
Potência liquida é medida estando o motor como se estivesse funcionando no carro, com escapamento, filtro de ar, alternador gerando e corrente e tudo mais. É a potência real do motor, porém ainda existem as perdas geradas pelo conjunto de transmissão do veículo.
Se a potência fosse medida de maneira bruta diretamente no motor sem nenhum de seus agregados como correias, hélice do motor (ventoinha), seria maior que a indicada nas tabelas acima.
Fonte: Wikipédia
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Uma boa semana, automaníacos. Até a próxima.
“Não vou ter problemas para dormir hoje.”
Sebastien Vettel, sobre o acidente sofrido no final da etapa da Alemanha da F1..
Reinaldo dos Santos Filho mora em São Manuel/SP, tem 49 anos, é jornalista especializado em automobilismo, membro da Irmandade M.C.. Pai do Thiago Augusto, Roberta, Luís Guilherme e Giovanna.
Matéria sob responsabilidade do autor (Mtb 82.886/SP)