Lewis Hamilton ganha sua primeira corrida do ano
Como a muito tempo não se via numa etapa, GP do Azerbaijão deste domingo foi a melhor corrida da temporada de 2018 até aqui.
A quarta etapa do mundial começou praticamente nas mãos do alemão Sebastian Vettel.
Mas, um Safety Car no fim, causado por um acidente das duas Red Bulls, mudou a história da corrida.
Beneficiado por um Safety Car no GP da Austrália para derrotar Lewis Hamilton, desta vez Vettel teve azar e acabou perdendo o primeiro lugar do mesmo jeito para Valtteri Bottas.
Na relargada, ele tentou recuperar a posição, mas errou e caiu para quarto. Bottas tinha a vitória nas mãos, mas passou por cima de um detrito e furou seu pneu a três voltas do fim. Isso deu a vitória a Lewis Hamilton, a primeira da Mercedes no ano.
Kimi Raikkonen, que parou na primeira volta após um toque com Esteban Ocon ter danificado sua asa dianteira, ficou com o segundo lugar.
Sergio Perez, que também parou na primeira volta por tocar em outro carro, ficou em terceiro, repetindo o seu pódio de 2016 em Baku.
Protagonizando um belíssimo duelo durante a corrida, as Red Bulls foram atração à parte. Max Verstappen superou Daniel Ricciardo após a primeira entrada do Safety Car.
O australiano lutou bravamente para superar o parceiro, e conseguiu antes de sua parada, mas voltou atrás do holandês depois do pit stop. Ricciardo tentou superar o parceiro depois, e acabou atingindo Max por trás, trazendo o Safety Car para a pista no fim da prova.
Durante a neutralização da prova, Romain Grosjean, sexto colocado, acabou perdendo o controle de seu carro e bateu no muro.
Atrás de Vettel, em quarto, veio Carlos Sainz com a Renault e Charles Leclerc da Sauber, marcando os seus primeiros pontos na F1. Quem também marcou o primeiro ponto foi o neozelandês Brendon Hartley, que ficou em décimo com a Toro Rosso.
Hamilton sai de Baku líder da temporada com 70 pontos, 4 a mais que Vettel (66).
TOP TEN no Azerbaijão
Pos. Piloto Equipe
- Lewis Hamilton Mercedes
- Kimi Raikkonen Ferrari
- Sérgio Perez Force India Mercedes
- Sebastien Vettel Ferrari
- Carlos Sainz Jr. Renault
- Charles Leclerc Sauber Ferrari
- Fernando Alonso McLaren Renault
- Lance Stroll Willians Mercedes
- Stoffel Vandoorne McLaren Renault
- Brendon Hartley Toro Rosso Honda
A Espanha recebe a F-1 dia 13 de maio.
Joey Logano encerra jejum e vence em Talladega
Joey Logano entra na briga pelo título da temporada da CUP com a vitória neste domingo, em Talladega.
O piloto da Penske foi dominou a prova com seu Ford Fusion #22 principalmente nas voltas finais, quando foi ameaçado por Kurt Busch e Kevin Harvick, também pilotos de Ford Fusion, da Stewart-Haas.
Logano, que não vencia desde a prova de Richmond de 2017, foi também quem mais esteve à frente, liderando 70 voltas ao todo.
Foi a 19ª vitória da carreira do piloto, a terceira na mítica pista do Alabama.
Kurt Busch foi P2, Chase Elliott P3, Harvick P4 e Ricky Stenhouse Jr. fechou o top-5.
Brad Keselowski, envolvido em um dos dois big ones da corrida foi o vencedor do primeiro segmento e Paul Menard foi o melhor no segundo estágio da prova.
A próxima etapa da NASCAR CUP será em Dover, no domingo (06).
História da Indústria Automobilística Nacional: A volta da PUMA!
“Puma oficializa instalação no Parque Tecnológico e confirma intenção de construir fábrica em Botucatu.”
Você não está sonhando: O Puma está voltando. E em grande estilo!
Amado por várias gerações como o esportivo 100% brasileiro, o Puma voltará a rodar pelas ruas brasileiras. E será fabricado em Botucatu!! O que orgulha não só os botucatuenses, mas sim, todos aqueles que vivem em nossa região.
Após um demorado período de avaliação e negociações, dia 12/04/2018 marcou oficialmente a escolha de Botucatu pela Puma para a instalação de uma fábrica e um centro de desenvolvimento e engenharia.
O prefeito Mário Pardini recebeu em seu gabinete diretores da Puma Automóveis para a assinatura do contrato que autoriza a utilização de uma sala no Núcleo Administrativo do Parque Tecnológico Botucatu e também um protocolo de intenções para apresentarem um projeto de implantação do complexo fabril. A área onde será construído o complexo será definida pela prefeitura.
A Puma tem prazo de exatos 150 dias (5 meses) com início em 12/04, para elaborar e apresentar o projeto que, se aprovado, permitirá a doação, pelo Município, de uma área para a suas futuras instalações.
A intenção é que as obras recebam investimento de R$ 50 milhões na sua primeira etapa de implantação, podendo chegar a R$ 250 milhões nas etapas subsequentes.
A previsão é de que em janeiro/2019 sejam iniciada a construção do complexo.
A prospecção é que esta primeira unidade tenha cinco módulos para abranger todos os produtos da Puma, que além de automóveis, também fabrica barcos, motocicletas, bicicletas e quadriciclos.
No local também deverá ser construída uma pista de testes de veículos automotivos. Essa pista poderá ser transformada em um autódromo, onde pode-se realizar provas regionais e nacionais das diversas categorias do automobilismo brasileiro.
Inicialmente, a prefeitura deverá disponibilizar uma área de 3.000 m² que abrigará o Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Fabricação da Puma e, ao final do projeto, que inclui a pista de provas, essa área poderá chegar a 23.000 m².
A Puma deverá também desenvolver um programa de preservação e conservação do meio ambiente por meio de atividades de reflorestamento, recuperação ambiental, reciclagem, destinação correto de resíduos, reutilização de águas e educação ambiental.
Luiz Carlos Gasparini Alves da Costa, presidente da Puma Automóveis, em entrevista disse “…que o objetivo é que a indústria em Botucatu seja também um núcleo exportador de tecnologia. A expectativa é que sejam gerados aproximadamente 150 empregos na fase inicial das atividades, sendo 30 empregos diretos e 120 empregos indiretos, sendo que toda a mão-de-obra será local. Teremos nossa equipe de técnicos especializados, mas eles virão para Botucatu apenas para capacitar os funcionários contratados na cidade. Queremos crescer junto com Botucatu”.
E sobre a escolha por Botucatu, Luiz Costa é enfático: “Somos de Itatinga e meu pai é nascido em Botucatu, que é uma cidade extremamente tecnológica. Estaremos instalados dentro do Parque Tecnológico e a Puma é pura tecnologia. Então, tem tudo a ver. Melhor, impossível”, afirma.
Carlos Costa, diretor executivo do Parque Tecnológico Botucatu, comemora a formalização da parceria com mais uma grande empresa pois ela veio coroar a boa fase do empreendimento, que comemorou 3 anos dia 14/04, aniversário de Botucatu. “Só temos que agradecer à toda equipe da Puma por acreditar no potencial de inovação e tecnologia existente aqui em Botucatu. Temos certeza que a chegada desta empresa icônica dentro do automobilismo nacional e internacional será uma grande força motriz para impulsionar nosso ecossistema de empreendedorismo e inovação”, disse Carlos ao final da reunião.
Mas, não podemos deixar de, mais uma vez, lembrar a gloriosa história da Puma:
O Puma teve origem para as pistas.
O projetista Rino Malzoni, um entusiasta e visionário, desenvolveu um protótipo em metal, que, em 1964 foi vitorioso em 5 eventos, estreando em Interlagos no Grande Prêmio das Américas.
O nome Malzoni foi posteriormente adotado para designar o esportivo. O conceito que estabeleceu e utilizou até 1994: projetar e fabricar carroceria em fibra de vidro, montar esta carroceria sobre plataforma de veículo de passeio, com motor e suspensão modificados para melhor desempenho e agregar um acabamento compatível com um carro de proposta esportiva.
Este conceito, além de manter o automóvel em produção durante trinta anos, viabilizou a criação de um fabricante brasileiro de automóveis e caminhões.
Os Primeiros Puma GT ficaram conhecidos como Puma DKW.
Os automóveis da marca Puma modelos GT a partir de 1968 e GTE até 1976 são conhecidos como “Puma Tubarão”.
O principal “concorrente” do Puma na época era o Volkswagen SP2.
Automóveis Puma foram exportados de 1970 a 1985 e produzidos na África do Sul sob licença.
Os modelos da marca que utilizavam mecânica 4 cilindros, a mesma que equipava a linha VW da época ficaram conhecidos como: Puminhas.
Histórico da marca: (o que conseguimos levantar em pesquisas)
1964
O modelo GT Malzoni deu origem a uma seqüência de modelos que procuravam seguir as tendências de design e tecnologia mecânica de cada época, e ainda permitiam que a produção se adaptasse à disponibilidade de fornecedores e peças.
1966
Surgiu o Puma GT (DKW), era basicamente o GT Malzoni com retoques estéticos.
1968
A plataforma Karmann Ghia 1500 substitui a plataforma DKW, cuja fabricação foi interrompida após a aquisição da DKW pela Volkswagen.
1970
O Puma GT passa a ser denominado Puma GTE.
1971
Lançado modelo conversível, denominado Puma GTE Spider.
1973
Lançada uma nova carroceria, apesar de muito similar era mais aprimorada nos detalhes. O conversível passou a se chamar Puma GTS.
1974
Lançado o Puma GTB, que utiliza plataforma Chevrolet Opala.
1976
Nova mudança de plataforma dos modelos GTE e GTS, passando a ser utilizada a do veículo Volkswagen Brasília.
1980
Anunciadas três novidades: é lançado o modelo P-018, o modelo GTE passa a ser denominado GTI e o modelo GTS é rebatizado como GTC.
1986
Em dificuldades financeiras, a Puma vende suas marcas e patentes para a Araucária Veículos, que fabricaria um pequeno número de veículos.
1988
A produção dos modelos Puma passa para a Alfa Metais, que produziu os modelos AM1, AM2, AM3, AM4 e AMV.
1995
Foi vendido o último automóvel com a marca Puma, um AM4 Spyder.
1999
Foi vendido o último caminhão com a marca Puma, modelo 7900.
No total, foram fabricados 22.116 unidades dos diversos modelos da marca, sendo que 383 delas foram feitas na África do Sul.
Portanto, todo centro-oeste paulista se beneficia desse grande salto dado por Botucatu, pois a geração de empregos diretos e indiretos será, gradualmente, considerável.
Parabéns Botucatu, na pessoa do Prefeito Mário Pardini por essa grande conquista!
Volta Rápida
– E a “bola da vez” está nas mãos da Red Bull. Depois da lambança criada por seus dois pilotos, Verstappen e Ricciardo, a equipe divulgou em nota que, antes da corrida, havia discutido um possível “incidente” entre seus pilotos pois, se Daniel Ricciardo é um piloto rápido e experiente, Max Verstappen também é rápido, mas inexperiente e muitas vezes age por impulso. Impulso esse que causou, domingo, um prejuízo à equipe de alguns milhões de dólares quando fechou a porta por mais de uma vez, não permitindo que Ricciardo o ultrapassasse e provocou um acidente que poderia ter tido graves consequências se tivesse ocorrido um pouco mais perto da tomada de curva. Agora cabe tanto à equipe quanto à direção da F-1 tomar providências em dar uma esfriada nos ânimos dos dois pilotos. Queremos ver disputas sim, mas sem que ajam mortos ou feridos.
– Até que enfim a Force India saiu do jejum, conquistando um honroso P3 com Sérgio Perez. Perez já é o mexicano com mais pódios na categoria mas, vale lembrar que Baku estava mais para corrida maluca que para um GP e que a P3 caiu no colo de Perez, assim como a vitória no colo de Hamilton.
– Das muitas baixas logo nas primeiras voltas no Azerbaijão, Sergey Sirotkin e Esteban Ocon levaram a pior pois abandonaram logo após a largada. Fernando Alonso, Vettel, Raikkonen e outros pilotos sofreram consequências mas continuaram na prova.
– Valtteri Bottas merece o título de grande azarão da semana. Isso porque a poucas voltas do final, Bottas atropelou um detrito deixado na pista deixado após o acidente entre as Red Bull e teve seu pneu traseiro direito furado, o fazendo abandonar a prova quando liderava com certa folga. E isso foi a 3 voltas da bandeirada.
– Iniciados os treinos para as 500 Milhas de Indianápolis da Indy, o brasileiro Tony Kanaan, vencedor da prova em 2013, fechou o primeiro dia de testes na P1. Helio Castroneves, piloto da Penske fechou o dia na P10, no seu retorno a um monoposto. Helinho pilota um protótipo da Penske no campeonato de SportsCar. Vale lembrar que o melhor tempo deriva da média dos tempos das voltas utilizando e não utilizando o vácuo de outro carro.
Os outros dois brasileiros, Matheus Leist e Pietro Fittipaldi, vão para a pista hoje, terça feira, no dia reservado para o primeiro treino dos novatos e dos pilotos que retornam à prova após um período de ausência considerável, como é o caso de Danica Patrick, que deverá encerrar sua carreira nessa prova.
– E hoje, dia 01/05, teremos no Villa Blues o IV Vintage Car Show, evento que já virou tradição na cidade. Vale a pena comparecer. São vários carros e motos clássicas, food trucks, o famoso chopp artesanal Villa e várias bandas de rock se apresentando durante o dia. O evento começa ao meio dia com entrada franca. Estaremos lá!
Fale conosco, estamos esperando sua sugestão sobre matérias, críticas e comentários. Você, amigo leitor, é nosso principal combustível. Esta coluna é feita para você. Nosso e-mail à sua disposição 24 horas, 7 dias por semana é motor14news@gmail.com.
Parceiro: www.planetavelocidade.com.br
Uma boa semana, automaníacos. Até a próxima.
“Outro piloto não teria continuado com o carro no estado que está o meu.”
Fernando Alonso sobre as avarias do seu carro ao final do GP de Baku
Reinaldo dos Santos Filho mora em São Manuel/SP, tem 49 anos, é jornalista especializado em automobilismo, administrador de empresas, escritor, piloto profissional e membro da Irmandade M.C.. Pai do Thiago Augusto, Roberta, Luís Guilherme e Giovanna.
Matéria sob responsabilidade do autor (Mtb 82.886/SP)