Fórmula 1 na Bélgica, IndyCar Series em Gateway, MotoGP, semana da indústria automobilística e “Volta Rápida”
Fórmula 1 na lendária Spa-Francorchamps, Bélgica. Mais uma vitória de Hamilton
Depois de conquistar sua 68ª pole position no último sábado (26) e igualar Michael Schumacher como o piloto que mais vezes largou na frente na Fórmula 1, Lewis Hamilton saiu de Spa-Francorchamps com os 25 pontos da vitória.
Ele ganhou neste domingo (27) pela terceira vez o GP da Bélgica, conquistando seu 58º triunfo na carreira. O piloto segurou e controlou bem seu rival pelo título mundial, Sebastian Vettel. O alemão mostrou suas garras após o primeiro pit stop, fazendo voltas rápidas e reduziu a diferença. Hamilton respondeu e ainda teve que sobreviver ao ataque feroz do líder do campeonato após o Safety Car.
Vettel, que perseguiu Hamilton durante a prova toda, viu sua diferença no mundial descer de 14 para sete pontos. Quem teve prova ruim foi Valtteri Bottas, terceiro no mundial, que chegou apenas em quinto após sucumbir a um ataque de Daniel Ricciardo depois da relargada no fim da prova. Kimi Raikkonen, que havia recebido um stop and go por não reduzir a velocidade sob bandeiras amarelas após o abandono de Max Verstappen, também passou a Mercedes 77 e foi o quarto.
O brasileiro Felipe Massa fez boa prova de recuperação e foi de 16º no grid para oitavo lugar ao fim da prova, se aproveitando de ultrapassagens, abandonos e de um toque das duas Force India que trouxe o Safety Car à pista.
Max Verstappen desapontou seus fãs após uma falha em sua Red Bull enquanto ocupava o quinto lugar na prova. O holandês teve problemas mecânicos e teve que abandonar a prova ainda no início.
Esteban Ocon e Sergio Perez protagonizaram o único Safety Car da prova. Os dois pilotos da Force India se tocaram enquanto disputavam posição na descida para a Eau Rouge. O francês quebrou o bico e o mexicano furou seu pneu. A pista precisou ser limpa pelos fiscais.
Na largada, Hamilton manteve a ponta com Vettel, Bottas e Kimi logo atrás. Alonso saiu bem e foi para sétimo. No entanto, o espanhol perdeu várias posições nas voltas seguintes devido a pouca potência de seu motor Honda.
Hamilton passou a sustentar uma vantagem confortável para Vettel. Enquanto isso, Massa subiu de 16º no grid para 13º. O primeiro a abandonar foi Pascal Wehrlein, da Sauber. O segundo, Max Verstappen. Bastante desapontado, o piloto saiu de seu carro ovacionado por seus fãs.
Hamilton parou na volta 12 para trocar os ultramacios pelos macios. Vettel parou duas voltas depois e retornou à pista mais veloz. O alemão reduziu a diferença para Hamilton para menos de 1s. Enquanto isso, Kimi era punido por passar acelerando no local onde Verstappen parou o carro, que estava sendo sinalizado com bandeiras amarelas. O finlandês precisou pagar um stop and go de 10s e voltou em sétimo.
Na metade da corrida, o top-10 era Hamilton, Vettel, Botas, Ricciardo, Hulkenberg, Ocon, Raikkonen, Perez, Sainz e Grosjean.
Punido após passar Grosjean por fora da pista, Perez cumpriu uma penalidade de 5s em sua segunda parada. No entanto, ele voltou à frente do companheiro Ocon, que vinha havia ganho sua posição anteriormente antes do pit stop. Bravo, o francês tentou superar Perez na pista e acabou tocando no mexicano. Ocon perdeu a asa e Perez furou o pneu. O incidente trouxe o Safety Car à pista.
Na volta, Vettel bem que tentou, mas não conseguiu ultrapassar Hamilton mesmo com os pneus ultramacios contra os macios do inglês. Mais atrás, Ricciardo e Raikkonen superaram Bottas. O australiano subiu para terceiro lugar.
Grid final na Bélgica
Pos. Piloto Equipe
1 Lewis Hamilton Mercedes
2 Sebastien Vettel Ferrari
3 Daniel Ricciardo Red Bull Renault
4 Kimi Raikkonen Ferrari
5 Valtteri Bottas Mercedes
6 Nico Hulkenberg Renault
7 Romain Grosjean Haas Ferrari
8 Felipe Massa Willians Mercedes
9 Esteban Ocon Force India Mercedes
10 Carlos Sainz Jr. Toro Rosso Renault
11 Lance Stroll Willians Mercedes
12 Daniil Kvyat Toro Rosso Renault
13 Jolyon Palmer Renault
14 Stoffel Vandoorne McLaren Honda
15 Kevin Magnussen Haas Ferrari
16 Marcus Ericsson Sauber Ferrari
Abandonaram
Piloto Equipe
Sérgio Perez Force India Mercedes
Fernando Alonso McLaren Honda
Max Verstappen Red Bull Renault
Pascal Wehrlein Sauber Ferrari
No próximo domingo (02) a F-1 volta às pistas na Itália, no tradicional circuito de Monza.
IndyCar Series festeja a volta do oval de Gateway no calendário com supremacia da Penske e a volta de Sebastien Bourdais depois do grave acidente que sofreu em Indianapolis
Josef Newgarden deu mostras de que está determinado na conquista do título da Indy logo em seu primeiro ano na Penske. Neste sábado, ele dominou e venceu pela quarta vez no ano, no retorno do oval de Gateway na categoria. Foi seu sétimo triunfo na carreira.
Após a última parada nos pits, Newgarden não hesitou em fazer ultrapassagem ousada sobre Simon Pagenaud, chegando a tocar no atual campeão, para não perder mais. O francês terminou em terceiro, após ser superado também por Scott Dixon.
Helio Castroneves chegou a liderar, mas errou em um dos pit stops e não conseguiu se recuperar, finalizando a prova na quarta posição.
Tony Kanaan teve problemas desde antes da largada, quando bateu no muro antes da bandeira verde. Ele conseguiu ir para a pista, mas abandonou durante a prova.
Antes mesmo da largada, Tony Kanaan rodou e bateu no muro. Com isso, a prova começou já sob bandeira amarela. O brasileiro conseguiu levar o carro para os pits e retornou três voltas atrás do líder.
O início foi realizado com cinco voltas e antes do primeiro giro, Will Power rodou e levou junto Ed Carpenter e Takuma Sato, trazendo nova paralisação.
Nova tentativa foi feita na 18ª volta, com Josef Newgarden na liderança e Helio Castroneves em segundo. Desta vez, sem confusão.
A partir da 55ª volta os pilotos começaram a fazer a primeira rodada de pit stops. Helinho parou na 61ª e Newgarden na seguinte. Ao final do ciclo, ele se manteve na ponta.
Nova bandeira amarela foi acionada quando JR Hildebrand bateu na curva 4, já perto de novo ciclo de paradas. Todos foram para os pits e Castroneves se tornou o novo líder da prova.
A relargada foi limpa, com o piloto paulista mantendo o comando da prova e Newgarden recebendo a pressão de Simon Pagenaud, mas sem resultado prático.
A corrida transcorreu normalmente até novo ciclo de paradas, a partir da volta 156. Helinho demorou em seu pit stop e retornou apenas na quarta colocação, atrás de Scott Dixon. Newgarden voltou à liderança.
Na volta 166, Max Chilton trouxe nova bandeira amarela, indo para o muro interno da curva 4. Em seguida, Tony Kanaan, que estava três voltas atrás, abandonou a corrida.
Na relargada, Helinho conseguiu a terceira posição, manobrando sobre Dixon, enquanto que Newgarden mantinha a ponta, com Pagenaud na segunda colocação.
A Indy acionou nova amarela com a leve batida de Ryan Hunter-Reay na curva 4, na 205ª volta. Mesmo não sendo uma batida violenta, ele abandonou a corrida. Com isso, os pilotos foram para os pits, no que pretendia ser a última parada da noite. Pagenaud saiu na frente e Helio perdeu o terceiro posto para Dixon, novamente.
Pagenaud e Newgarden duelaram na relargada, com o carro #2 ultrapassando o #1 de maneira ousada, mesmo com o toque no francês. Ficando mais lento, ele também perdeu a segunda posição para Dixon.
Mas Newgarden não deu chances para o azar e cruzou a linha de chegada em primeiro. Dixon foi o segundo, Pagenaud em terceiro e Castroneves em quarto.
TOP TEN de Gateway
Pos. Piloto Equipe
1 Josef Newgarden Team Penske
2 Scott Dixon Chip Ganassi Racing
3 Simon Pagenaud Team Penske
4 Helio Castroneves Team Penske
5 Conor Daly Dale Coyne Racing
6 Alexander Rossi Andretti Autosport
7 Charlie Kimball Chip Ganassi Racing
8 James Hinchcliffe Schmidt Peterson Motorsport
9 Carlos Muñoz Andretti Autosport
10 Sebastien Bourdais Dale Coyne Racing
A próxima etapa da Indy será em Watkins Glen, no dia 3 de setembro.
MotoGP correu em Silverstone com nova vitória de Dovizioso com a Ducati
Andrea Dovizioso vive fase iluminada na MotoGP. Pela quarta vez em 2017 ele sobe ao lugar mais alto do pódio, após grande prova em Silverstone, neste domingo (27). Largando da sexta posição, ele não demorou muito para chegar aos ponteiros, os superando um a um. A manobra final foi em cima de Valentino Rossi, quando restavam três voltas.
O italiano da Yamaha, que completou na Inglaterra sua corrida de número 300 na principal categoria da motovelocidade, acabou também sendo superado por Maverick Viñales e terminou em terceiro.
Marc Márquez, que largou na pole, mas perdeu a ponta para Rossi antes da primeira curva, não teve o rendimento de outrora e, para piorar, teve seu motor estourado na fase final da corrida.
Na largada, Rossi pulou à frente de Márquez e conseguiu manter diferença confortável ao final da primeira volta. Viñales ocupava a terceira posição.
Mas o companheiro de Rossi deu o bote no espanhol no giro seguinte, configurando o 1-2 da Yamaha nas primeiras voltas.
Faltando 15, Márquez perdeu a terceira posição para Dovizioso. Ao mesmo tempo, Sam Lowes caiu na curva 5.
A briga entre Viñales, Dovizioso e Márquez era intensa e o piloto da Ducati conseguiu o segundo posto restando nove giros.
A escolha do pneu traseiro macio começou a fazer a diferença negativamente para o companheiro de Rossi, que também perdeu a posição para o líder do campeonato.
Ao mesmo tempo, o pelotão começava a se aproximar de Rossi, quando faltavam oito voltas para o fim.
Mas Márquez viu a corrida ir embora, restando sete giros, com o motor de sua moto estourando.
A partir daí, a briga ficou entre Rossi e Dovizioso, com o piloto da Ducati levando a melhor, quando faltavam três voltas. Ao mesmo tempo, Viñales ressurgia e também superava o “Doutor”.
Enquanto isso, Petrucci e Iannone caiam na curva 11, mas sem gravidade.
As Yamahas ficaram brigando entre si, o que facilitou a vida de Dovizioso, que abriu e venceu pela quarta vez em 2017. Viñales foi o segundo e Rossi, o terceiro.
A MotoGP volta em duas semanas, em Misano.
TOP TEN de Silverstone
Pos. Piloto Equipe
1 Andrea Dovizioso Ducati Team
2 Maverick Viñales Movistar Yamaha MotoGP
3 Valentino Rossi Movistar Yamaha MotoGP
4 Cal Crutchlow LCR Honda
5 Jorge Lorenzo Ducati Team
6 Johann Zarco Monster Yamaha Tech3
7 Dani Pedrosa Repsol Honda Team
8 Scott Redding OCTO PRamac Racing Ducati
9 Alex Rins Team Suzuki Ecstar
10 Alvaro Bautista Pull&Bear Aspar Team Ducati
Mercado automobilístico: lançamentos da semana
A sueca Volvo traz ao Brasil a 2° geração do SUV XC60, hoje o modelo mais vendido da marca no Brasil.
Com acabamento luxuoso impecável, tradição da marca, o XC60 chega pronto para brigar com Audi Q5 e BMW X3.
Inicialmente, o XC60 chega em 3 versões: Momentum, Inscription e R-Design, com preços entre R$ 239.950,00 e R$ 269.950,00.
Faróis de LED, grades e para-choques novos são alguns dos itens que a Volvo redesenhou, deixando o XC60 mais próximo do design de seu “irmão mais velho”, XC90. A grade, tem 3 versões, uma para cada modelo.
Seu interior, também renovado, segue o padrão Volvo e foi simplificado: a marca conseguiu colocar todos os comandos internos em apenas 8 botões.
Na lista de itens de série há ainda direção elétrica com sistema que a deixa mais rígida em altas velocidades, teto solar panorâmico, ar-condicionado digital de duas zonas, sistema multimídia, alerta de colisão e um sistema que mantém o carro dentro da faixa de rolamento e numa distância escolhida pelo motorista para o carro da frente.
Seu motor, 2.0 16v, 4 cilindros, turbo, gera 258cv de potência com gasolina, acoplado a um excelente câmbio automático de 8 marchas. O câmbio, alias, é um atrativo à parte: programado para oferecer respostas rápidas, reduz sutilmente quando identifica uma pisada mais forte no acelerador, dando ao carro um fôlego extra nas ultrapassagens, principalmente em aclives, e leva facilmente o XC60 às velocidades mais altas em um curto espaço de tempo.
Dois pontos devem ser observados: seu consumo urbano fica na casa dos 8,5 km/l (na estrada, 10,3 km/l) e em dias chuvosos a câmera de ré tende a embaçar, prejudicando a visão do motorista nas manobras.
Um carro que faz jus ao seu preço e cumpre fielmente com a proposta da Volvo em termos de luxo, conforto e esportividade.
A Volkswagen apresentou esta semana na Europa o T-Roc, seu “jipinho compacto”.
Com a promessa de desbancar o Honda HR-V do posto de mais vendido na categoria, o T-Roc usa a mecânica modular da VW MQB, que equipa o novo VW Polo, Golf e outros modelos, ele mede 4,23 m de comprimento por 2,60 m no entre-eixos. Medidas suficientes para tentar fazer frente ao HR-V. As motorizações apresentadas na Europa foram o 1.0 de 115cv (que aqui equipa o VW Up! TSI), o 1.5 de 150cv e o 2.0 de 190cv (ambos andam no Brasil à bordo do Golf). Aqui, o 1.0 terá 128cv.
A marca prevê a T-Roc no Brasil em 2018 e em 2019, uma pick-up para brigar com a Fiat Toro.
A briga entre T-Roc e HR-V promete, pois são duas marcas cuja preferência nacional se mostra extremamente positiva. É esperar para ver.
E ainda falando no Honda HR-V, sua vida não está nada fácil. Com a chegada do Ford EcoSport remodelado, Renault Captur com novo câmbio automático na versão com motor 1.6 e Nissan Kicks sendo fabricado no Brasil, a briga pelo status de modelo mais vendido toma proporções adultas.
A seu favor, além de ser um Honda, marca consagrada mundialmente, o HR-V é o único dos 4 que vem equipado com motor 1.8, 16v, 4 cilindros, que gera até 140cv com gasolina. O mais potente da categoria.
O EcoSport, equipado com o novo motor Ford 1.5, 12v, 3 cilindros, é o único da categoria que ainda adota o câmbio automático de 6 marchas. Todos os demais são equipados com câmbios automáticos tipo CVT (continuamente variável, sem trocas).
Mas, por ser um projeto mais novo, pode ser que o EcoSport tenha uma boa receptividade. Vale dizer que o “jipinho” da Ford é conhecido por sua estabilidade inconstante e facilidade de tombamento, mesmo em baixas velocidades. Esse problema era gerado por sua geração anterior utilizar a plataforma do antigo Fiesta Street e por sua carroceria ser alta, gerava o problema. Acreditamos que a Ford resolveu o problema, com redimencionamento da distância entre-eixos, largura, comprimento e recalibrando a suspensão.
Com relação a valores, a diferença entre os 4 modelos é pouca, sendo o Nissan Kicks SV 1.6 o mais barato (R$ 85.600,00), seguido pelo Renault Captur Zen 1.6 (R$ 86.090,00), Ford EcoSport Freestyle 1.5 (R$ 86.490,00) e Honda HR-V (R$ 87.900,00).
E ainda tem, correndo por fora, Chevrolet Tracker LT 1.4 turbo diesel, de 153cv (R$ 82.990,00), Hyundai Creta Pulse 1.6, 16v, de até 130cv (R$ 86.740,00) e Jeep Renegade Sport 1.8, 16v, de até 139cv (R$ 89.990,00).
Todos, com exceção do Tracker, são movidos a motores flex e tanto Tracker quanto Creta e Renegade utilizam câmbio automático de 6 marchas.
Agora, é escolher, pagar e curtir tudo que podem oferecer.
Muitos motoristas tem maus costumes na hora de dirigir. E esses problemas não são detectados por autoescolas, mesmo se o aluno já os pratica.
Esses maus costumes podem geram transtornos e muitas despesas na manutenção do veículo.
Os mais comuns e que devemos evitar e não praticar são:
– apoiar o pé no pedal da embreagem: com isso, a vida útil do conjunto é reduzida em mais de 50%;
– virar o volante de carros com direção hidráulica com o carro desligado e manter o carro completamente esterçado por mais de 15 segundos: com isso a bomba hidráulica é forçada e pode comprometer seu sistema e descalibrar sua pressão;
– apoiar a mão na alavanca do câmbio: o peso da mão força a alavanca para baixo, fazendo pressão no sistema de troca de marchas (chamado de trambulador), que é composto por alavancas, cabos e peças em nylon;
– frear ao passar por um buraco: se não puder desviar, nunca freie, pois a frenagem “joga” todo o peso do carro para a frente, e o impacto da queda no buraco pode danificar muito mais que um pneu ou roda;
– passar por lombadas na diagonal: quando passamos em lombadas ou valetas em diagonal, a carroceria do carro, que é um monobloco rígido, tende a torcer, podendo desalinhar todo o veículo;
– não puxe o “freio de mão” com o carro ainda em movimento: esse ato provoca desgaste prematuro do sistema de freio traseiro além de forçar o conjunto de cabos, podendo rompe-los;
– usar prendedores de cinto de segurança: os prendedores inibem a ação do cinto em caso de acidente, podendo provocar lesões graves ou fatais;
– segurar o volante pela parte de baixo ou pelo “miolo”: segurar o volante nessas duas posições força o sistema que acopla e o mantém preso na barra de direção;
– andar com o braço apoiado na janela: além de ser perigoso, o Código Nacional de Trânsito prevê que devemos manter as duas mãos ao volante e classifica como infração grave dirigir somente com uma das mãos. Apoiar o braço para fora identifica que somente uma mão é responsável pela condução do veículo;
– apoiar os pneus na guia: apoiando os pneus na guia, o peso do carro fica apoiado nesse pneu, podendo provocar um dano tanto no pneu quanto na suspensão;
– sair em velocidade com o carro frio: carros modernos não precisam esquentar quando frios, mas é prudente andar em velocidade moderada até que o motor aqueça adequadamente. Com isso os componentes eletrônicos chegam a sua temperatura de trabalho e as partes mecânicas são totalmente lubrificadas pelo óleo do motor;
– dar uma acelerada antes de desligar o carro: essa prática é um paradigma de muitos anos, quando os carros eram equipados com carburadores. Diziam mecânicos que essa “acelerada” deixava o carburador cheio de combustível, facilitando assim a próxima partida. Em carros com injeção eletrônica, essa prática não se aplica pois o sistema é alimentado por bomba elétrica. Mesmo nos carburadores essa acelerada não causava um efeito significativo.
Portanto, práticas simples que no nosso dia a dia no trânsito poderá nos fazer economizar um bom dinheiro.
Volta Rápida
– Literalmente o “bicho pegou” em Spa nesse final de semana, que marcou a volta da F-1 às pistas, depois das férias, Esteban Ocon e Sergio Perez, ambos pilotos da Force India Mercedes, trocaram farpas durante boa parte da prova.
Acontece que a equipe se pronunciou tempos atrás que não iria interferir durante a prova e que, ao nosso ver, deixou claro que “os dois são brancos, que se entendam”. Na verdade um carro de F-1 não é um kart que anda a 80, 90 km/h. O F-1 em Spa atingiu 320 km/h e um acidente pode ser fatal. Está mais que na hora da Liberty Media, que detém os direitos da F-1, tomar severas providências contra a equipe e seus dois pilotos, antes que um mal maior aconteça. Vamos ver o comportamento dos dois em Monza, no próximo domingo.
– Felipe Massa se mostrou surpreso com o desempenho da Willians na prova. Largando na P18, ele pulou para P11 logo na primeira curva e terminou a prova na P8. Disse, em entrevista que se alguém dissesse a ele antes da prova que ele terminaria na P8, teria assinado embaixo. “Estou surpreso com o desempenho do carro na prova. Mas acho que isso se deve à melhora inexplicável no carro e na agressividade que pilotei. Briguei a prova toda por posições e se tivesse largado mais à frente, talvez até por um pódio, pois na corrida a Red Bull estava rendendo menos que nós.”.
E perguntado sobre o boato de que Alonso gostaria de ir para a Willians em 2018, Massa disparou: Boato ou não isso não faz a menor diferença para mim hoje. Não me preocupo com isso, e sim com o campeonato, Em pontuar e terminar todas as provas restantes. E no mais importante que é continuar o desenvolvimento do carro, pois será o mesmo que usaremos em 2018.”.
– Todas as equipes, principalmente as menores como a Sauber e Force India estão preocupadas com a temporada 2018. Como o regulamento será o mesmo deste ano, o desenvolvimento dos carros e unidades de potência este ano é muito importante para uma boa temporada ano que vem. Mas Ferrari, Renault e Mercedes são livres para fornecer motores com as atualizações da temporada corrente ou versões anteriores e, lógico, sempre fornecem motores desatualizados se comparados aos usados por eles. E se partirmos desse princípio, a temporada de 2018 deverá ser apática e marcada pelo domínio das Mercedes e Ferraris. As demais equipes, incluindo a Renault que tem um carro instável e uma unidade de potência fraca, estão fadadas a disputarem quem serão os primeiros dos últimos. E nessa se inclui a Willians.
A única equipe que não depende de motores Renault, Mercedes ou Ferrari, a McLaren, que nitidamente tem um excelente carro mas não tem um motor que o faça ser competitivo, pode surpreender pois a Honda não deverá deixar barato o fiasco até agora apresentado e para 2018 provavelmente apresentará um novo conjunto, mais potente e durável. Noticias de paddock dão conta de que engenheiros da Honda, divisão F-1 estão trabalhando em conjunto com os companheiros da divisão IndyCar tentando desenvolver uma unidade para a F-1 com base no excelente motor da Indy. Motor esse que é só elogios de Fernando Alonso.
– A Pirelli, fornecedora oficial de pneus para a F-1 está empenhada em resolver o problema apresentado pelos compostos supermacios que são as bolhas que aparecem logo nas primeiras voltas das etapas. Há quem diga que essas bolhas aparecem devido ao composto utilizado conter uma porcentagem menor de borracha que o indicado. Com mais compostos aderentes e pouca borracha, os pneus “dechapam” e criam bolhas com mais facilidade, pois são mais frágeis. Um desafio para a Pirelli.
– A Aston Martin deu início ao projeto de desenvolvimento de uma unidade motora para a F-1. Em parceria com a McLaren, a Aston Martin começou a construir uma unidade que será usada somente para o projeto. Vale dizer que hoje o desenvolvimento de qualquer componente para a F-1 é tratado com muito segredo e não deverá ser diferente com a Aston Martin.
– Não poderíamos deixar de citar que na prova de domingo da Indy, Helio Castroneves, que tem chances matemáticas de se sagrar campeão da temporada, tinha reais chances de vencer a prova no oval de Gateway mas um erro infantil dos mecânicos da equipe Penske em seu pit stop tirou essa chance. O problema foi gerado quando o responsável pelo mapeamento do carro tentou fazer um ajuste na eletrônica e fez o motor apagar e demoraram para fazê-lo funcionar novamente. Voltando à pista, Helinho ainda conseguiu terminar a prova na P4.
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Uma boa semana, automaníacos. Até a próxima.
“Não me preocupo com Alonso vir para a Willians. Minha preocupação é com o campeonato e com o desenvolvimento do carro para 2018”. Felipe Massa, quando questionado sobre os boatos da possível ida de Fernando Alonso para a Willians em 2018.
Reinaldo dos Santos Filho mora em São Manuel/SP, tem 49 anos, é jornalista especializado em automobilismo, administrador de empresas, escritor, piloto profissional e motociclista. Pai do Thiago Augusto, Luís Guilherme e Giovanna.
Matéria sob responsabilidade do autor (Mtb 82.886/SP)