25 de abril de 2024
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Casal de Botucatu já participou de 57 provas com 42 km cada

Na sala da residência do casal de comerciantes Edemilton Santana e Regina Cassine Pilan Santana, ambos de 55 anos, não há onde mais colocar medalhas e troféus recebidos em corridas de rua. Mas em uma das paredes há um lugar especial: os prêmios das 20 maratonas disputadas por ela  e 37 por ele. São as provas mais difíceis em percurso, pois são 42 km cada. Eles participaram desses desafios em várias cidades do Brasil.

Edemilton é do tempo que quase não existia corrida de rua. Era difícil encontrar quem quisesse participar desse tipo de prova. Só entravam atletas de ponta para ganhar, não existia consciência de correr simplesmente por saúde.

O comerciante sempre correu, desde novo, mas por conta de estudos e mudança de cidade. na época mais jovem acabou parando. Ambos que são engenheiros de formação, ele na área mecânica e ela na elétrica, conheceram-se na faculdade em Bauru, quando as atividades esportivas ficaram quase paradas. À época ela ainda não era do esporte.

Depois de ganhar muito peso e voltar a Botucatu, Edemilton que era o até então esportistas, mas que havia estacionado, voltou a correr, mas com objetivo de emagrecer para voltar a jogar bola. Quando retornou à sua cidade, ele não parou mais de correr.

Já Regina começou aos 40 anos. Na época só fazia natação, mas acabou entrando na onda do marido e não conseguiu sair mais. “Sinto-me melhor do que quando tinha 20 anos, quando não fazia nada de esporte. Tenho 55 anos e sinto ter 40”, comenta a corredora.

Ela foi instigada a correr quando foi acompanhar o marido na São Silvestre. “Fui correr a prova e ela permaneceu naquele ambiente assistindo a corrida. Ali ela disse: vou treinar para correr. E foi mesmo. Isso em 2003”, lembra o marido.

Naquela época a São Silvestre só trazia os 3 melhores corredores do País e o restante convidados. Hoje são mais de 20 mil pessoas de diferentes níveis. Mas a prova de 42 km começou antes da vida de Edemilton, em 1996, na 2ª Maratona de São Paulo. Naquela época não existia classificação por categoria, era só a listagem geral. Hoje as disputadas são por faixas de idade.

Eles praticam corrida quase todo dia. E o objetivo é participar de 3 maratonas por ano: duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. “A corrida para nós é voltada para a qualidade de vida. Ter lesão é muito difícil. A receita para isso é sempre respeitar os limites e se precisar um dia parar que volte devagar e com muita paciência, pois a cabeça pensa uma coisa e o corpo nem sempre consegue corresponder imediatamente. O interessante das corridas é participação, um lugar onde temos amizades e encontramos os amigos”, diz Edemilton.

O fato dos dois correrem, segundo o casal, gera um incentivo de um para o outro. “Quando duas pessoas acreditam no mesmo ideal é muito mais fácil. Nem todo dia a gente está disposto para treinar então um motiva o outro”.

Para as pessoas que querem começar a correr Edemilton diz que a dica é mais uma vez insistir na paciência de começar devagar. “Ninguém vai conseguir fazer em um dia o que não fez a vida inteira. Tem que ser algo que aos poucos vai passar a ser um hábito”.

Tocha Olímpica

Edemilton Santana foi um dos condutores da Tocha Olímpica que passou por algumas cidades inclusive em Botucatu devido à competição esportiva que ocorreu no Rio de Janeiro em 2016. Ele se inscreveu no site da Coca-Coca contando a sua história e foi selecionado.

Ele contou na sua mensagem à Coca sobre a vida: quando tinha entre 15 e 17 anos treinava em São Bernardo do Campo, com atletas de ponta e que venceram corridas nacionais e internacionais. Parou de correr na época porque queria estudar agronomia em Botucatu, mas depois de tentativas que não deram certo acabou indo para Bauru fazer outra faculdade. Ele que é de Botucatu depois voltou à cidade e retomou seus treinos para o recomeço nas corridas de rua. Isso ocorreu em uma esteira.

Motivos e lugares especiais

O fato de viajarem para correr não é em busca por medalha. O casal diz que o ambiente que se convive é bastante positivo. “O que vale pra gente não é a medalha e sim a troca de ideias e o ambiente em torno das provas, que traz uma energia muito positiva”, diz Edemilton Santana.

Eles citam a prova de Cubatão, no litoral paulista. “Ali o que vale é a paisagem e ir aproveitando cada paisagem do lugar”, diz Regina.

Opção pelo esporte

“Tem gente que insiste no cigarro ou em sempre tomar remédio. A gente insiste no esporte. É também um tipo de investimento. Gasta-se dinheiro. Falar em patrocinador, isso você esquece, pois não existe. Mas a gente quando tem um foco isso traz uma motivação. Falo que é preciso colocar um objetivo alto e ir chegando nele aos poucos”, diz Edemilton.

“Um dos objetivos nosso é participar da Ultra-Maratona Comrades (África do Sul) que pode chegar a 89 km. Rígida e minuciosa tem-se 12 horas para ser completada. Depois desse tempo cria-se uma corrente humana que fecha a passagem. Só quem venceu o tempo recebe a medalha. Mas é comemorado tanto o que chegou em primeiro como o último colocado. Quem retorna à essa corrida ganha uma medalha especial, de retorno, a qual traz um formato especial ao corredor”.

 

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(Matéria da Revista Registrando de Marcelino Dias – Edição de Dezembro de 2017 – Texto: Cristiano Alves da Assessoria Um – reportagens e produção de notícias – Fotos desta reportagem: Arquivo pessoal).

Redação 14 News

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