A caminhada de Michel Augusto até o ouro foi perfeita. A sua primeira luta, contra Jairo Moreno, de El Salvador, foi vencida por um waza-ari (golpe de um ponto). Nas semifinais, bateu Sebastian Sancho, da Costa Rica, também por um waza-ari, no golden score — a prorrogação do judô.
Já na final contra o colombiano, Michel começou na desvantagem, sofrendo duas punições, com três punições sendo o suficiente para a desclassificação. Ainda assim, o brasileiro levou a luta para o golden score, e o colombiano sofreu três punições em sequência, resultando no ouro para o atleta do Sesi-SP.
Para o judoca do Sesi de Botucatu, a diferença para vencer foi não desistir, mesmo em desvantagem. “Esse Pan foi muito importante para mim. As Olimpíadas são ano que vem e era uma competição bem importante para a classificatória. Com 18 anos poder viver isso aqui é muito gratificante. Foram lutas bem duras e acho que meu diferencial foi não desistir. Dei meu melhor, fui pra cima. Mesmo agora, na final, comecei perdendo, bem pressionado, mas consegui virar e sair campeão”, concluiu Michel, o medalhista de ouro.
Michel Augusto é o segundo atleta da equipe de Rendimento da modalidade do Sesi-SP a conquistar o ouro pan-americano no judô até 60kg. Em 2019, nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, o judoca Renan Torres venceu o então campeão Lenin Preciado, do Equador, na final da categoria.
A medalha de ouro de Michel Augusto foi uma das 10 conquistas do Brasil nos dois primeiros dias do esporte. Além do atleta do Sesi-SP, o judô brasileiro também conquistou medalhas com Aléxia Nascimento (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Rafaela Silva (57kg), Gabriel Falcão (73kg), e Guilherme Schimidt (81kg), que faturaram o ouro; Daniel Cargnin (73kg) foi prata, enquanto Willian Lima (66kg), Amanda Lima (48kg) e Ketleyn Quadros (63kg) foram bronze.
O judô brasileiro nos Jogos Pan-Americanos de 2023 segue com mais sete atletas buscando medalhas nesta segunda-feira, 30.
