Polliana Neves, de Botucatu, vem mostrando a situação de sua sogra, uma pensionista de 56 anos, que sofreu um AVC em Bauru e por isso ficou internada em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade.
Sua sogra também é de Botucatu. Ela estava em Bauru quando passou mal e teve que ser atendida na UPA.
Autoridades médicas tem mostrado que a falta de vagas nas redes de saúde aumentou na pandemia, o que tem dificultado as transferências também de casos urgentes.
Polliana compartilhou o seguinte nas redes sociais: “Amigos, precisamos de ajuda de todos. Talvez com muitos compartilhamentos isso chegue até pessoas que possam realmente nos ajudar. Sim. Já fizemos de tudo. Prefeito, vereador e até mesmo o superintendente da UNESP. Mais minha sogra continua em um leito na UPA tendo atendimento básico de saúde. E sabemos que ela está em estado grave aguardando leito em UTI. Ela teve um AVC no dia 15/06 as 19:00 e hoje dia 18/06 seguimos somente com o boletim médico. Minhas cunhadas seguem acampadas em frente a UPA, tentando ajuda e informações. Vamos compartilhar. Quem tiver alguma forma de nós ajudar. Ajudem. Continuemos em oração pra que isso se resolva e a Dona Lúcia venha embora logo ficar junto da família que tanto ama”, escreveu Polliana.
A nora destaca que a paciente precisaria de um recurso melhor. “A minha sogra está estável. Conversamos com o médico ontem. Ela precisa de cuidados melhores. Ele disse para nós ontem, aqui; são atendimentos básicos que ela está tento”, disse ao 14News.
A Secretaria Estadual da Saúde havia se manifestado na quinta-feira (17) sobre a busca de vagas levando-se em conta a situação de cada paciente.
“A Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross) está monitorando o caso da Sra. Maria Lucia de Azevedo Domingos para auxiliar nos processos de transferência e busca vaga em serviço apto a atendê-la. A Cross possui um sistema online que funciona 24 horas por dia e busca vaga disponível em várias unidades (não apenas nos hospitais estaduais) na região de origem do paciente com disponibilidade e capacidade para atender cada caso, priorizando os mais graves e urgentes”.
“Importante deixar claro que o deslocamento de pacientes a outros serviços de saúde requer quadro clínico favorável, com base em avaliação médica, e portanto não depende somente da disponibilidade de vagas. Cabe ao serviço de origem atualizar constantemente o quadro clínico do paciente e mantê-lo estável e livre de infecções para que, desta forma, a locomoção seja feita com segurança”, finalizou a Secretaria naquela oportunidade.
A família diz que a Cross solicitou uma vaga com urgência para a transferência na rede estadual de saúde.
Para se alimentar a família abre o porta malas e faz dali uma cozinha. Ficam na calçada à espera de notícias.