Chega Botucatu, no próximo dia 31 de agosto, a exposição A Carne de Gaia de Beá Meira, com as artistas indígenas convidadas Rayane Barbosa Kaingang, Larissa Ye´pa e Claudia Baré.
Como ganhar intimidade com uma Terra viva, ativa e criativa e aprender a dar atenção às catástrofes antropogênicas e capitalizadas que a atingem? Essa é uma das questões que A Carne de Gaia mobiliza e que faz pensar na urgência de criar mundos habitáveis desde dentro das ruínas.
Beá Meira é artista visual, arquiteta formada pela FAU-USP e autora de materiais didáticos de arte para o ensino básico. A exposição traz desenhos, litogravuras, pinturas, mukolitos, tapeçarias e cadernos de artista reunidos em um projeto que nasce de uma vivência no Rio Negro. Beá diz que o que define a exposição é “o fazer junto, a força do coletivo”, um coletivo feito de gentes, terras, céus, mares, rios, plantas, animais, artes e ciências, que se reúnem para fazer frente à exploração e destruição das florestas.
A exposição tem curadoria de Susana Oliveira Dias, artista e pesquisadora do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Susana ressalta que a exposição é um “caderno de contabilidade fabulado, que não se recusa a medir, mas que interroga suas perspectivas colonialistas, tecnocráticas, gerenciais e modernizadoras”.
O trabalho vem sendo divulgado pelo seu irmão, o ator Domingos Meira.
Serviço:
A Carne de Gaia
Primeira montagem de 4 de maio a 29 de junho de 2024 no Instituto Pavão Cultural em Campinas – SP
Segunda montagem de 31 de agosto a 3 de novembro de 2024 na Pinacoteca Fórum das Artes em Botucatu – SP.