A Companhia Beira Serra de Circo e Teatro completa 7 anos de existência nesta terça-feira, dia 27 de abril. Reunindo cerca de uma dezena de artistas locais, entre acrobatas, atores, palhaços e músicos, a Cia. prima pelo desenvolvimento de trabalhos com narrativas baseadas na Cultura Popular e Caipira permeadas pela arte circense.
Fundada em 2014 pelos artistas e produtores culturais, MiMi Tortorella e Fernando Vasques, a Beira Serra difunde costumes, histórias e saberes locais em espetáculos como “Acorda, Januário”, “GRÃO: Circo da Terra”, “Café com Arco” e o “Circo da Cuesta”, último trabalho desenvolvido e apresentado, antes da pandemia de Covid-19, em diversos palcos de cidades do Estado de São Paulo, durante o programa Viagem Teatral, do SESI-SP.
Já 2020, inevitavelmente, foi um ano de isolamento e paralisação quase total dos trabalhos envolvendo apresentações artísticas como a da Cia. Beira Serra. “Não há perspectiva das muitas apresentações que tínhamos agendadas ao longo do ano passado e 2021, além dos projetos significativos que seriam executados, através do Sesc, SESI, e do circuito independente. No entanto, passamos a investigar as imbricações do circo e do teatro com o audiovisual, para tentar ocupar o mundo online que cresce de modo exponencial”, comenta o ator Fernando Vasques.
Apesar de manter todos os sonhos da Cia. Beira Serra vivos para um futuro próximo e incerto, toda equipe tem conseguido focar no que eles chamam de o “aqui e agora”. “Seguimos realizando nossos encontros de acordo com as normativas e protocolos em vigor, muitas vezes por um longo período somente online. Um dos desejos mais latentes que essa condição da pandemia nos trouxe é o de estarmos próximos ao nosso público, principalmente o local, de Botucatu e cidades vizinhas”, ressalta MiMi Tortorella.
Embora o cenário atual não demonstre que apresentações ao público, como os espetáculos da Cia. Beira Serra, retornem a normalidade em breve, para os aniversariantes tornou-se fundamental celebrar sete anos de existência, ainda que fisicamente isolados. “Lutas que garantiram a implementação da Lei Aldir Blanc, por exemplo, são conquistas da Sociedade Civil Organizada e alguns representantes no Congresso Nacional. E é nessa gente de luta e com senso de civilidade, empatia e de solidariedade que nos miramos para celebrar esse momento. Confiamos que logo após essa travessia estaremos mais fortes e habitando novamente esse território que nos é sagrado: o palco e a plateia”, completam os fundadores. (Por Sérgio Viana).