A Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) de Botucatu alerta a população para redobrar os cuidados com possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti no quintal , especialmente por conta da intensificação das chuvas típicas desde período do ano. Durante o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado neste mês de outubro, os agentes identificaram que a maioria dos possíveis criadouros são objetos úteis para os moradores.
O levantamento é realizado quatro vezes por ano com o objetivo de identificar quais são os recipientes existentes nos imóveis que são potenciais criadouros do vetor das principais arboviroses como a dengue, Chikungunya e Zika vírus.
O LIRAa identificou que dos recipientes existentes nos imóveis, que estavam em condições de se tornarem criadouros de mosquitos, 53% eram do grupo dos úteis, 21% dos passíveis de remoção, 15% dos fixos, 7% dos naturais e 4% dos pneus.
Dentro deste levantamento, os agentes ainda identificaram que entre os possíveis criadouros de mosquitos encontrados nas casas, 25% deles poderiam ser eliminados em ações como a Operação Cata-treco, por exemplo. E os demais, 75%, são objetos que necessitam de manutenção constante dos moradores do imóvel.
“Com a chegada das chuvas a atenção deverá ser redobrada. O ideal é que façamos no mínimo duas vezes por semana uma inspeção no imóvel, para identificarmos recipientes que estejam acumulando água da chuva ou da rede de abastecimento, e estes não se tornem criadouros de mosquitos”, orientou Valdinei Campanucci, Supervisor de Serviços de Saúde Ambiental e Animal.
Para classificar os recipientes existentes nos imóveis, que poderão se tornar criadouros de mosquitos, a VAS utiliza sete grupos:
– Depósito Elevado: caixas d'água ligadas ou não a rede de abastecimento;
– Depósito não Elevado: caixas d'água fixadas no solo ligadas ou não a rede de abastecimento;
– Recipientes Úteis: são aqueles que não serão eliminados, mas que poderão sofrer alteração em sua posição ou algum tipo de tratamento de forma a não se tornarem criadouros de mosquitos: vasos e pratos de plantas, bebedouros de animais, brinquedos, depósitos de água para horticultura ou construção, piscina desmontável, lata, frasco, plástico utilizáveis, garrafas retornáveis, entre outros;
– Recipientes Fixos: são recipientes que fazem parte da estrutura da edificação ou estão fixados de forma que não poderão ser removidos ou alterados em sua posição: ralos, laje, calha, vaso sanitário e caixa de descarga, piscina fixa, entre outros;
– Pneus e seus derivados como câmeras de ar;
– Passíveis de remoção e alteração: são aqueles materiais que não têm mais utilidade e poderão ser amassados, furados, quebrados e/ou removidos: latas, plásticos, garrafas descartáveis, entulhos de construção, peças de sucatas, entre outros;
– Recipientes Naturais: ocos de árvores, bromélias, entre outros que não sofreram alteração humana.
“Qualquer objeto mal acondicionado por se tornar um criadouro em potencial, por isso destacamos a importância da população receber a visita dos agentes de combate às endemias, pois são profissionais capacitados para identificar fatores de riscos e interferir de maneira oportuna para a promoção da saúde pública”, completou Valdinei.
(com assessoria)