A Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) de Botucatu tem intensificado as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de arboviroses como dengue, chikungunya, zika e febre amarela. É no verão, com as temperaturas mais elevadas e maior volume de chuvas, que surgem os focos de proliferação do inseto. Isso porque a água limpa e parada, acumulada em qualquer recipiente, se torna o ambiente perfeito para que o Aedes aegypti deposite suas larvas.
A última Avaliação de Densidade Larvária (ADL), realizada em janeiro deste ano, apontou que 4% dos 2,8 mil imóveis trabalhados apresentavam recipientes com larvas do mosquito. Segundo a Organização Mundial de Saúde, abaixo de 1% o índice é satisfatório; entre 1% e 3,9%, trata-se de situação de alerta; e acima de 4% representa risco de surto.
Por região do Município, os índices obtidos foram os seguintes: 2% (norte); 3,7% (região central-oeste), 4,6% (sul); e 6,6% (região leste). Até o momento foram confirmados dois casos de dengue no Município: um importado (morador da Vila Guimarães) e outro autóctone (morador da Vila Nossa Senhora de Fátima). Em 2016 foram confirmados 77 casos autóctones e 29 importados da doença.
Neste sentido, as visitas dos agentes de combate a estas endemias têm sido realizadas nas regiões onde ocorreram casos suspeitos e/ou confirmados da doença ou onde o índice de infestação do Aedes aegypti é mais alto. Em 2016, foram mais de 90 mil imóveis trabalhados pelos agentes da Vigilância Ambiental em Saúde para o controle do vetor e, desde o início de 2017, foram visitados 8 mil imóveis. Esse trabalho vem ocorrendo também nos fins de semana, desde março de 2016.
“É importante a participação da população no combate ao mosquito, permitindo a visita dos agentes de combate as endemias aos imóveis e seguindo todas as orientações de controle do vetor dessas doenças”, enfatiza Rodrigo Iais, Diretor do Departamento de Saúde Ambiental e Animal.
Sintomas
Ao apresentar qualquer sintoma característico da dengue como febre alta, dor de cabeça, no fundo dos olhos ou nas articulações, a pessoa deve procurar atendimento médico imediatamente. Em caso de suspeita de dengue a Secretaria Municipal da Saúde, através da VAS, iniciará todas as atividades de controle da transmissão da doença.
Você sabia?
Para se ter ideia, um ovo de um mosquito da dengue consegue ficar mais de um ano grudado em um recipiente. Se essa superfície não for lavada adequadamente, com água e sabão, uma simples chuva pode fazer o ovo eclodir e surgir novos insetos em menos de dez dias. O Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas.
Dicas de combate ao mosquito e focos de larvas
• Manter a caixa d’água sempre fechada e vedada adequadamente
• Limpar periodicamente as calhas da casa
• Não deixar acumular água sobre lajes, imperfeições do piso e recipientes
• Lavar, com escova e sabão, a parte interna e borda de recipientes que possam acumular água (ex: bebedouros de animais)
• Não expor recipientes à chuva, deixando eles sempre em lugares cobertos e de cabeça para baixo
• Jogar desinfetante, detergente ou sabão em pó em ralos pouco utilizados
• Não deixar acumular água nos pratos dos vasos de plantas
Mais informações
Secretaria Municipal de Saúde
Rua Major Matheus, 7 – Vila dos Lavradores
Tel.: (14) 3811-1100
Vigilância Ambiental em Saúde
Telefones (14) 3813-5055 / 150
(com Assessoria de Imprensa)