O jornalista botucatuense Sérgio Santa Rosa, de 46 anos, lança seu primeiro livro nesta quinta-feira, dia 7, chamado Serpentário, uma compilação de poemas que surgiram a partir do desenvolvimento de “uma ideia, de uma observação, de uma imagem ou até de uma palavra ou frase”, explica o autor.
A edição do livro foi feita por NADA ∴ Estúdio Criativo e será lançada no Sarau Akangatu, que acontece nesta quinta, dia 7, a partir das 19h, no Careca Rock Beer – localizado na Rua Rafael Sampaio, n°94, em frente ao SENAC Botucatu.
Sérgio Santa Rosa irá participar do Sarau lendo alguns poemas de Serpentário, que também estará a venda no local. Confira a seguir uma breve entrevista com o autor para o jornalista Sérgio Viana.
O que veio primeiro em relação a sua escrita: a ficção ou o jornalismo? Quando começou e como desenvolve sua expressão no papel?
Certamente a ficção e o texto poético vieram antes. Mas dá pra dizer que o interesse pelas formas de expressão escrita, de uma maneira geral, vem a partir de um interesse pela leitura. Para o bem ou para o mal, fui alfabetizado em casa, antes de entrar na escola e a leitura me fascinou desde muito cedo. Ler ainda é a maior paixão e, provavelmente, o motor da minha escrita.
Você também escreve outros gêneros literários além da poesia?
Gosto muito de escrever contos ou pequenas crônicas. Mas escrevo raramente. Quando acontece é porque o desenvolvimento da ideia já está inteiro na minha cabeça e eu só transponho para o papel. Com a poesia é diferente. Parto de uma ideia, de uma observação, de uma imagem ou até de uma palavra ou frase e me permito experimentar. Descobrir os caminhos, testar, cortar, reescrever. Nunca sei bem onde esse processo vai dar. Gosto de deixar o texto “envelhecer” e retomá-lo depois. Muitas vezes, o resultado final guarda pouquíssima relação com o que me motivou a escrevê-lo.
Quando e como surgiu Serpentário, seu primeiro livro de poemas?
Eu formatei o livro por volta de 2017, compilando textos escritos anteriormente e outros que eu vinha escrevendo naquele período. Mas mesmo depois disso eu suprimi textos, reescrevi coisas, inseri novos poemas. Formatar o livro foi como concluir um poema. Para mim, é sempre uma decisão mais intuitiva do que lógica. Penso esses poemas como pequenas polaroides de situações, cenas vividas ou imaginadas, sentimentos, impressões que, de alguma maneira, se conectam, seja pelos temas abordados ou pela forma ou ainda por outros motivos sobre os quais nem eu tenho clareza. Senti que os textos contidos ali guardam alguma identidade e esse foi o fator determinante para reuni-los.
Como será o lançamento?
O lançamento acontece no Sarau Akangatu, no dia 07 de novembro, no bar Careca Rock Beer, em frente ao Senac, às 19h. Ressaltando que é o Sarau Akangatu de sempre, com as pessoas lendo seus textos ou compartilhando textos de outros escritores que elas gostam. O lançamento do livro é apenas mais uma atração do sarau. Vou ler alguns textos, apresentar rapidamente o livro (que estará à venda no local) e vamos passar uma noite ouvindo poemas de todos que quiserem apresentar seus trabalhos e conversando sobre poesia e literatura em geral.
(com assessoria)