O site Agência14News obteve informação nesta quarta-feira (12) que Botucatu registrou um caso de chikungunya.
A confirmação foi de um morador do Jardim Paraíso 2. Esse é o segundo caso na cidade em 2019.
A reportagem recebeu informação de moradores do bairro dizendo que receberam informação de equipes da saúde orientando sobre os cuidados e do caso confirmado.
De acordo com eles “não existe na cidade um kit para os testes de confirmação, mas segundo a secretaria da saúde, por conta da epidemia pelo País, esses kits são priorizados onde há maior incidência de casos suspeitos e os exames de Botucatu são enviados para o Instituto Adolfo Lutz em Sorocaba”.
A febre chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014.
Chikungunya significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.
Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida.
Os sintomas aparecem entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.
Transmissão
A transmissão do vírus chikungunya (CHIKV) é feita através da picada de insetos-vetores do gênero Aedes, que em cidades é principalmente pelo Aedes aegypti e em ambientes rurais ou selvagens pode ser por Aedes albopictus.
Embora a transmissão direta entre humanos não esteja demonstrada, há de se considerar a possibilidade da transmissão in utero da mãe para o feto. O período de incubação do vírus é de 4 a 7 dias, e a doença, na maioria dos casos, é auto-limitante.
A mortalidade em menores de um ano é de 0,4%, podendo ser mais elevada em indivíduos com patologias associadas.
Prevenção
Ainda não existe vacina ou medicamentos contra chikungunya. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros.
Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos.
Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).
(do Agência14News com Fiocruz)