Após um período de chuvas atípicas para esta época do ano, o projeto de revitalização da orla do Rio Bonito, no prolongamento da Avenida Gentil Lourenção, foi retomado. As obras, apresentadas à população em 17 de Abril, dentro do calendário de comemorações do aniversário de Botucatu, estão a cargo da Sampietro Engenharia e seguem em ritmo acelerado.
O projeto, orçado em R$ 2 milhões, é financiado pela AES Tietê. O investimento foi viabilizado por conta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela Prefeitura e a empresa referente à ocupação irregular de uma área da empresa por famílias de pescadores no Porto Said. As partes entraram em entendimento e encontraram uma solução criativa para um grave problema de natureza social e ambiental.
A Prefeitura adquiriu uma área e colocou à disposição da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) para a construção de um conjunto de casas para os pescadores. Em contrapartida, a AES Tietê comprometeu-se em financiar o projeto de revitalização de um trecho de 800 metros da orla do Rio Bonito, além de reflorestar uma área que será transformada em um bosque.
“Infelizmente no mês passado tivemos muitos problemas com as chuvas que nos atrapalharam bastante. Mas já retomamos os serviços com 100% de pressão na obra, dando continuidade na terraplanagem para seguir com o assentamento da pavimentação. Estamos com outras frentes trabalhando na instalação dos decks pesqueiros, iniciando a construção de uma passarela próxima a bica e da ciclovia e calçada que vão passar em frente à rampa e seguirão até o final da orla”, informa o engenheiro Kleber Kennerly.
O trecho a ser revitalizado tem 830 metros de extensão e se estende das proximidades dos banheiros públicos, passando pela bica, até próximo a rampa de embarcações, no prolongamento da Rua 03. O projeto contempla calçamento da rua com bloquetes, construção de ciclovia, padronização das calçadas, pista de caminhada, deck para embarcações, píer para pesca, paisagismo, iluminação pública, quiosques, lixeiras, área para prática esportiva, academia ao livre e área para estacionamento.
O gerente de reservatórios, segurança de barragem e meio ambiente da AES Tietê, Antonio Carlos Garcia, garante que os moradores e frequentadores do Rio Bonito ficarão satisfeitos com a transformação programada para o trecho mais movimentado da orla, que aos finais de semana recebe centenas de pessoas, mas há mais de 15 anos não recebia qualquer tipo de melhoria. A última grande obra no local foi realizada em 2000, no final da gestão do prefeito Pedro Losi Neto.
“Depois de discutir o conceito com representantes da Prefeitura optamos por um projeto leve, do ponto de vista de construção, que garantirá a urbanização completa daquele trecho da orla, em um período de execução bastante curto. Tenho certeza que a população ficará satisfeita com as mudanças que acontecerão no local”, afirma.
Quem passa pelo local já começa a ter um panorama da transformação que acontecerá na orla. Boa parte dos bloquetes já foi instalada na rua e máquinas trabalham para garantir a drenagem adequada das águas no trecho próximo à bica a fim de garantir a compactação adequada do solo para seguir com a pavimentação. A previsão é que os serviços sejam concluídos no mês de Setembro.
O prefeito João Cury afirma que a AES Tietê tem se demonstrado uma grande parceira do município, executando uma obra marcante para o desenvolvimento do turismo. “Será uma obra marcante. Não tenho dúvida. Vamos oferecer mais qualidade aos moradores e frequentadores do Rio Bonito. Também estamos investindo cinco milhões de reais, em parceria com a Sabesp, levando esgotamento sanitário para a região. Apesar do inegável potencial turístico era uma enganação falar que poderíamos ter grandes investimentos no local sem o básico, como coleta de esgoto. Em breve esse problema histórico estará solucionado”, anuncia.
Cury também enaltece as melhorias para o meio ambiente e o impacto social importante que o acordo firmado com a AES possibilitará. “Tínhamos em conjunto um problema de natureza ambiental e de importância social grande que é a ocupação do Porto Said. Para tanto foi assinado um TAC junto ao Ministério Público onde a prefeitura se obrigou a oferecer uma área para remoção dessas famílias. A Prefeitura adquiriu a área e a CDHU entrará com a construção. A AES ajudará com revitalização da orla do Rio Bonito e construção de um bosque para a população da baixada”, confirma o prefeito.
“O problema dos pescadores é uma questão de natureza humanitária. Eles vivem em condições sub-humanas, sem saneamento, em uma área ocupada irregularmente. A AES teve a sensibilidade de buscar uma solução que não fosse a mera reintegração de posse da área. A ideia é deixá-los próximos ao rio em condições de moradia digna”, completa.
Fonte: Assessoria de Imprensa/Prefeitura de Botucatu