A história de Botucatu é marcada por um grupo de pessoas que eu admiro e respeito. Atuaram elas, cada uma no seu tempo e momento, em diversos segmentos. Indústria alimentícia, indústria mecânica, comércio, entretenimento, agronegócio e muitas outras atividades. Em um passado não tão longínquo, eram tão prósperas estas empresas genuinamente botucatuenses e nossa extensão territorial tão extensa naquele tempo, que se todas tivessem tido êxito, nossa cidade teria hoje condição de ser um Estado.
Mas, infelizmente boa parte delas pereceram, levando com elas sonhos e convicções. Foram empresas administradas por pessoas admiráveis, principalmente pela conduta absolutamente correta e honrosa que tiveram ao longo de suas vidas.
Precisamos aprender com as histórias, entender porque estas empresas não venceram o tempo, sabemos que não foi pela falta de vontade ou dedicação de seus líderes. Muito provavelmente, e certamente não exclusivamente, tenha faltado uma visão do Todo, por parte das pessoas envolvidas em cada elo da corrente. Naquele tempo não era hábito comum conjugar, além da terceira pessoa, no modo subjuntivo presente, o verbo “Vencer”. Desta forma faltou o sentimento coletivo: “Que Nós Vençamos”, conceito que deve ser o norte de todos aqueles que participam, seja com que cargo ou função for, das empresas. O “eu, tu, ele” é uma prisão dourada. Já o conceito de “nós”, é muito mais amplo e libertador, coloca a todos, empresários e funcionários, governo e consumidores, lado a lado, unidos por uma vontade comum de vencerem, pela dedicação total a uma outra e hipotética pessoa, chamada comumente de “pessoa jurídica”. Somente quando todos, de forma coordenada e com desprendimento, colocam a pessoa jurídica a frente dos interesses pessoais, é que a coletividade se beneficia, com os frutos que ela proporcionará. É dos frutos do trabalho que todos devem se saciar, não do caldo de suas raízes, estas quando são arrancadas, secam o futuro mais rápido do que fecham as portas das empresas.
O ponto comum dos empresários do passado, que atuaram em todos seguimentos, com os da atualidade, não é tão distante quanto o mundo que os separam. Vivemos ainda hoje, condições que se não observadas em seu contexto geral, podem nos sentenciar ao mesmo destino silencioso.
É curioso observar que, boa parte dos investimentos que constitui a soma da riqueza dos Botucatuenses natos, não se encontra no sistema produtivo. Está nos imobilizados. O quadro geral só não é ruim porque nas últimas 3 décadas, a cidade recebeu pessoas (hoje botucatuenses de coração) e/ou investimentos que vieram de fora, propiciando a geração de empregos e o surgimento, não apenas de novas e grandes empresas, como também, dezenas de pequenos negócios, que colaboram com base da sustentabilidade econômica da cidade na atualidade. Botucatu tem agora um novo DNA, precisaremos analisa-lo se queremos imprimir um crescimento contínuo.
A maior parte das pessoas acreditam em Deus, e devem mesmo acreditar, ELE existe. Este TODO descrito pelos grandes mensageiros que foram enviados a terra nos últimos 6.000 anos, é uma energia pura que gera uma luz carregada de vibrações, que a alguns iluminam e a outros cegam.
Talvez o nosso maior engano coletivo seja acreditar também que o TODO atende no varejo. Até para ELE que tudo pode, atender no varejo é algo impossível, vai contra o próprio princípio da criação que tem como base a coerência e a harmonia. Não tem como contemplar todos os pedidos, uma vez que eles se contrapõe entre si. Agora podemos sim, contar uns com os outros, se conseguirmos estabelecer um proposito comum, este certamente nos levará tanto a conquistas neste plano, como a encontrar uma abertura para adentramos naquele que se encontra adiante.
Por Lourival Panhozzi – empresário. Diretor Funerário. Gestor de empresas funerárias, cemitérios e de planos funerários. Pres. ABREDIF.