16 de abril de 2024
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No Dia Internacional da Mulher Agência14News traz histórias da motorista de ônibus e ajudante de pedreiro

Sem ter como contratar ajudantes em um cenário de crise quando só apareciam pequenas obras, Isabel de Oliveira dos Santos, de 55 anos, moradora da Vila Antártica, em Botucatu, resolveu auxiliar o marido em reformas e construções. Essa é somente uma das muitas histórias de superação entre o público feminino que por muito tempo sofreu discriminação, mas hoje comprovam que podem mais.

“Eram mais bicos e é mais difícil contratar uma segunda pessoa. E conversando, eu pedi e comecei a ir com meu marido nas obras. Não gosto de ficar em casa. Amo trabalhar fora. Comecei a gostar (das obras) e continuei indo. O que tem para fazer eu faço, na função de ajudante de pedreiro”, conta Isabel que criou 4 filhos: um de 32 anos e três meninas de 30, 26 e 20 anos.

O serviço vai desde recolher com carriola os tijolos que são entregues na calçada da obra, levar o concreto até o local que vai ser usado, jogar o concreto para o caixote com uma pá, e agarrar tijolos que são lançados para o alto que ela coloque-os em uma parte superior da obra – sem deixar cair. Também é preciso deixar toda a obra limpa.

Isabel diz que as pessoas se espantam por não acreditarem que uma mulher trabalha em uma obra. “Quando estou recolhendo os materiais as pessoas que estão nas ruas ficam olhando”, disse.

Ela continua: “As mulheres sabem sim a fazer qualquer trabalho. Elas são capazes de fazer e tudo que se propõem fazem muito bem feito”. Isabel conheceu o marido quando os dois cortavam cana, depois trabalhou como faxineira, mas quando virou dona de casa não se adaptou, começou a vender pão e bolo na feira. Hoje ela ajuda o marido nas obras da construção civil.

 

ELA É MOTORISTA DE ÔNIBUS AOS 31 ANOS

Tatiana de Souza Teixeira, de 31 anos, é motorista do transporte coletivo na linha do Marajoara. Ela começou junto com a chegada da empresa Stadtbus em Botucatu. Começou como cobradora onde desempenhou função por um ano e três meses. “Por incentivo do motorista que trabalhava comigo, da família e da empresa também eu acabei trocando a minha carta e virei motorista. Existe ainda um pouco de preconceito, mas a gente desempenha tão bem quanto o homem. A gente consegue fazer o trabalho de um homem. Foi uma experiência muito legal porque sempre fui criada por uma mulher, a minha mãe. Então, depois, perguntavam com quem aprendi a dirigir – foi com seu pai? – e respondo que não, foi sozinha, com ajuda do colega motorista, e fui desenvolvendo”, conta.

Tatiana diz que no começo ficou com um pouco de medo, mas depois foi pegando habilidade, foi conhecendo o trânsito e as pessoas. “A gente acaba pegando amor pela profissão. As pessoas entravam no ônibus dizendo assim”: não acredito, e outras falavam: não consigo entrar na garagem – ou como eu queria estar no seu lugar. “As pessoas até dizem que as mulheres estão crescendo mesmo e que tenho que continuar”.

No decorrer da profissão ela teve que enfrentar situações de também errar: na traseira de um carro e depois enfrentar outro caso: ser fechada em sua preferencial. Na hora o choro veio à tona, mas depois das emoções à flor da pele, tudo deu certo. “Hoje lido com o problema do trânsito um pouco mais com a razão, como o homem. A mulher é mais emocional”, comenta.

Tatiana grávida de 7 meses de uma menina está agora na garagem, por enquanto fora da direção por conta da gestação estar próxima. Mas fala da sua superação. “Na minha cabeça eu não era capaz de dirigir um carro e hoje dirijo um ônibus, como também tem mulher que dirige caminhão, bitrem, então foi uma superação e saber que a gente pode desempenhar bem esse tipo de função”, finaliza.

(Do Agência14News).

Redação 14 News

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