A Vigilância em Saúde Ambiental (VAS) de Botucatu informa que resgatou na última sexta-feira (24) um morcego insetívoro (que se alimenta de insetos) em um imóvel na região Central da Cidade. O morcego não teve contato com humanos e/ou animais e foi encaminhado para exame no Departamento de Zoonoses da UNESP, onde foi diagnosticado resulto positivo para raiva.
Este é o primeiro caso de raiva em morcego confirmado neste ano, de um total de 67 animais capturados até o momento. Em 2016 a Vigilância Ambiental contabilizou o resgate de outros 217 morcegos no Município. Deste total, dois morcegos foram diagnosticados como positivo para o vírus da raiva.
O Município não registra casos de raiva em cães e gatos há mais de 30 anos. Botucatu também é uma das cidades pioneiras no Brasil na implantação de campanha pública de vacinação antirrábica.
Vacina antirrábica
A VAS ainda orienta que os proprietários de animais, cães e gatos, que apresentem falha no esquema vacinal contra a raiva, procurem o Canil Municipal para colocar a vacinação em dia. O Canil Municipal está localizado na Avenida Itália s/nº, Lavapés. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira das 7h30 às 16h30. Mais informações pelo (14) 3813-2555.
Cães e gatos acima dos 3 meses que não receberam a vacina e/ou só tomaram a 1ª dose (na vida) na última Campanha Antirrábica, realizada em setembro de 2016. Na época, de acordo com a Vigilância Ambiental, Foram vacinados 22.340 animais [18.758 cães e 3.582 gatos].
Sobre os morcegos insetívoros
Molossus e Eumops estão entre as espécies mais resgatadas e são morcegos que se alimentam de insetos. Morcegos insetívoros podem se alimentar de até 200 insetos por noite. Em Botucatu, mais de 80% da população de morcegos que habita o Município se alimenta de insetos.
Uma característica marcante destas espécies é a incapacidade de levantar voo diretamente do chão, por isso é muito comum encontrar estas espécies caídas após uma noite de chuva ou de muito vento.
Entre meados de outubro e final de fevereiro (primavera-verão), período de reprodução destas espécies, muitos morcegos jovens arriscam os primeiros voos e não conseguem encontrar o caminho de volta ao abrigo (geralmente forros das edificações) e, por este motivo, acabam caindo. Fêmeas prenhes ou com filhotes também podem cair.
Todo morcego caído também pode indicar uma alteração de comportamento. Por isso, após uma avaliação, o mesmo deve ser encaminhado para exame de diagnóstico de raiva. A VAS orienta a população a não ter contato com morcegos caídos ou pousados em locais não habituais, pois eles são os principais reservatórios do vírus rábico. Morcegos não são animais agressivos, mas podem morder caso se sintam acuados e, assim, transmitir a doença.
A Vigilância Ambiental em Saúde orienta que as pessoas devam ter o máximo de cuidado ao se deparar com um animal como este. Caso um morcego entre em casa, a pessoa deve manter a calma, apagar as luzes, abrir as portas e janelas, pois o animal encontrará a saída. Ao encontrar um morcego caído, a pessoa também deve evitar contato. O ideal é colocar um balde ou caixa de papelão sobre o morcego e ligar para a Vigilância Ambiental em Saúde que providenciará o resgate pelo telefone 3813-5055 ou 150.