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Jacaré na cidade não é tão incomum, diz professor do centro de animais silvestres da Unesp de Botucatu

Moradores se assustaram ao se depararem com um jacaré na Rua São Paulo, no distrito de Rubião Júnior, em Botucatu, na noite da última sexta-feira (24). Bombeiros foram chamados e capturaram o animal de um metro e meio.

O site Agência14News foi procurar o professor Carlos Roberto Texeira do Cempas – Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres da Unesp de Botucatu para entender esse tipo de situação.

Para o professor, jacarés encontrados em bairros, longe dos rios, não é tão anormal já que eles acabam migrando de um lugar a outro. “O jacaré depende do rio, mas ele tem 3 ou 4 tipos de movimentos de locomoção. Ele sai do local onde mora por competição porque existe um outro animal maior que toca ele e procura novo território, aí ele acompanha o rio e vai embora até achar outro lugar que ele não tenha competição e ao mesmo tempo possa morar e se esconder. Outro tipo de locomoção é quando sai procurar comida e volta para a casa, ou mesmo procurando parceiro para acasalamento”, explica o professor.

Teixeira lembra ainda que em caso de localizar um animal como esse, as pessoas devam ligar para a polícia ambiental ou guarda municipal. “Já tivemos casos de animais atravessando a Castello Branco. Vira e mexe recebemos casos aqui. Em Vitoriana tivemos 2 casos de jacarés andando no meio da rua, sendo um deles de tamanho grande também. Neste ano recebemos 4 ou 5 casos de encontro de jacarés”, comenta.

O professor do centro de animais silvestres acrescenta que o jacaré é agressivo quando tentam mexer com o animal, principalmente se sentir acuado, aí pode ocorrer um ataque, senão ele continuará fazendo o seu caminho. “Mas muitas vezes cachorros querem pegar os jacarés e aí o melhor é acionar uma equipe especializada. Eles trazem para cá e se estiver tudo bem vamos soltar. Se estiver em uma mata devem deixar que continue o seu caminho. Se for no centro da cidade e algum cão for atacar o melhor é chamar uma equipe de resgate”, explica.

Em alguns casos, diz Teixeira, também existem animais sendo mantidos em cativeiro. O animal que está no Cempas será solto em um local que possa viver novamente na natureza.

Sobre Rubião Jr, a área onde o jacaré foi localizado, existe uma área próxima ao rio e também faz divisa com o bairro Vale do Sol onde existe vários tipos de animais.

 

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(do Agência14News)

Redação 14 News

Redação 14 News

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