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HC de Botucatu investe em tecnologia para a prevenção de trombose

Nesta quinta-feira (13), é comemorado o Dia Mundial da Conscientização sobre a Trombose. O objetivo principal da data é aumentar o grau de conhecimento da população sobre os riscos do tromboembolismo venoso (TEV), mais conhecido como trombose venosa, que é causado pela formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias localizadas da parte inferior do corpo.

Mesmo com os altos índices de mortalidade, grande parte da população desconhece como prevenir ou tratar a trombose. Fatores como sedentarismo, vida estressante, hereditariedade e até alimentação podem contribuir para o aparecimento da doença.

Pensando em melhorar a segurança dos pacientes, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) está implantando medidas preventivas em relação ao tromboembolismo venoso. Uma equipe multiprofissional, comandada pelo cirurgião vascular Dr. Marcone Lima Sobreira, vem se reunindo desde 2014 para utilizar um sistema de prevenção, que indica se o paciente tem risco de desenvolver tromboembolismo venoso (TEV) durante o tratamento.

A Gerente de Enfermagem do HCFMB, Karen Batista, explica sobre o sistema. “O projeto está em andamento desde 2014, por meio do qual tanto a equipe médica quanto a de enfermagem foram treinadas para utilizar essa nova ferramenta disponível em um sistema informatizado, que chamamos de profilaxia de TEV. Começamos a testar o projeto nas UTIs adulto e coronariana, e depois, expandimos para outras áreas do HCFMB”, diz.

O cirurgião vascular Dr. Marcone Lima Sobreira afirma que cada vez mais se vê a necessidade da existência de comitês de profilaxia em tromboembolismo venoso (TEV) nos ambientes hospitalares. “O TEV é a causa de mortalidade intra-hospitalar que é mais fácil de ser prevenida. Com a implantação do Comitê de Profilaxia em TEV (CPTEV), os pacientes serão obrigatoriamente avaliados no momento da internação, sendo necessária a categorização de risco de desenvolver o TEV, e, conhecido esse perfil de risco, a medidas de prevenção adequadas serão prescritas, minimizando os riscos de TEV durante sua internação”, diz.

Quando o paciente é internado, ele passa por uma avaliação do enfermeiro para analisar o risco de desenvolver TEV. É seguido um protocolo para identificar os fatores de risco e todos esses dados são lançados no sistema. Se o paciente se enquadra nesses fatores, é colocado no leito um selo de identificação, que indica que aquele paciente tem risco de desenvolver a doença durante a hospitalização.

Karen afirma que, a partir do momento que o risco é identificado, o enfermeiro comunica a equipe médica para a realização dos meios de prevenção adequados. “O sistema informatizado auxilia com a emissão de um aviso ao médico durante a realização da prescrição”, explica.

O HCFMB é o único hospital de grande porte do interior de São Paulo que está com o projeto em andamento. O objetivo é focar na prevenção da TEV. “Cumprindo corretamente o protocolo, analisando adequadamente, conseguiremos tratar esse paciente de forma efetiva. Ele pode continuar de prevenção em casa, por exemplo”, diz Karen.

“A existência de um protocolo específico voltado para essa patologia promoverá a educação entre os médicos do corpo clínico, assim como por parte da enfermagem. Nosso intuito é sempre a segurança do paciente. Estamos muito confiantes e orgulhosos nesse trabalho de prevenção”, finaliza Dr. Marcone.

(Fotos: Assessoria HCFMB)

Redação 14 News

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