Cerca de 200 funcionários que foram chamados para acertar as contas com a empresa Nascer, que atuou como terceirizada do Hospital das Clínicas de Botucatu, não conseguiram receber porque segundo eles, a advogada do caso desmarcou no meio do dia o encontro que seria realizada em um sindicato da Vila dos Lavradores depois de ter problemas de saúde.
Os trabalhadores esperavam receber o pagamento do mês de outubro do ano passado que estava depositado judicialmente. Para isso ocorrer, a justiça já tinha liberado um valor depositado em juízo.
Raquel Marques diz que trabalhava na portaria da empresa. “Foi postado no Grupo (de WhastApp sobre as discussões) que era para a gente aparecer à 13h30 no sindicato que eles iriam pagar as guias para a gente receber o nosso pagamento. Chegamos aqui e pegamos senha, aí falaram que a advogada não iria vir porque ela tinha passado mal. Depois falaram que as guias não tinham sido pegas. Cada hora é uma desculpa. A gente não quer briga nem nada; só queremos o que é nosso”, disse.
Ela diz que os funcionários têm tido contato direto com a juíza do caso, que tem ajudado, e por conta disso o pagamento do FGTS foi liberado.
Nalva Maria Marques conta que trabalhou no hospital das clínicas e no estadual. “Nós estamos com muitas dívidas. Tenho uma menina de 1 ano e 8 meses. Estou com medo dela perder a creche porque não tenho condições de comprar fralda, de comprar material escolar, tudo por conta de um pagamento. Estou vivendo à base de cesta básica e com aluguel, luz e água atrasados”, protesta.
Natalia Rodrigues de Souza afirma que estava gestante quando a empresa foi embora e nem a licença maternidade ela teve direito. Nesta sexta-feira (17) ela diz que chegou cedo para pegar senha, mas não houve atendimento. “A minha bebê está com 3 meses e ainda não recebi nada. A gente vem aqui, gasta com ônibus; e agora mandaram a gente para a casa”, afirma.
A previsão agora é que nova data seja agendada a partir de segunda-feira (20).
O Agência14News foi até o sindicato onde as funcionárias estavam esperando atendimento. Uma atendente ligou para os advogados da Nascer e ao próprio sindicato que tem base em Bauru, mas ninguém pôde atender a reportagem para dar a sua versão no caso.
(Do Agência14News)