Desde 2015 | A informação começa aqui!

Depois de receber denúncia, polícia chega à casa que furtava água da Sabesp na Cohab 1

A Polícia Civil de Botucatu atendeu na manhã desta segunda-feira (04) um caso de furto de água que acabou em flagrante.

Segundo as informações, a polícia recebeu uma denúncia que na Cohab 1 – Conjunto Habitacional Humberto Popolo – uma casa estava com “gato” na rede de água da Sabesp, e por isso uma equipe policial foi até o local apontado.

Chegando no endereço os policiais perceberam que uma auxiliar de cozinha, de 41 anos, que mora na casa, após ter a água cortada pela Sabesp, acabou retirando o cavalete e fez uma ligação direta.

Constatando a irregularidade, a perícia foi chamada para a verificação da irregularidade e a moradora confessou ter sido a autora do “gato”.

A mulher foi levada até a delegacia onde foi autuada em flagrante. Ela pagou fiança de R$ 1 mil e ao final da ocorrência foi liberada. Agora a suspeita vai responder pelo crime de furto na justiça.

EMPRESA INVESTE EM CAÇA-FRAUDE

A Sabesp informa que tem utilizado tecnologia avançada no combate ao furto de água. Os agentes das operações caça-fraude utilizam, por exemplo, uma sonda especial, que é inserida no cavalete do imóvel. O equipamento utiliza raios infravermelhos, como no controle remoto da TV, para fazer uma varredura da tubulação e verificar se existe alguma irregularidade que possa burlar a medição do hidrômetro. Tudo é realizado de forma rápida, sem a necessidade de quebrar o piso.

Outro equipamento que tem tornado mais difícil a vida dos fraudadores é o detector de ímãs. Com ele, mesmo estando no lado de fora do imóvel, o técnico da Sabesp consegue verificar se existe um campo magnético fora do comum próximo ao hidrômetro – indício de que um ímã pode estar em uso para prejudicar ou impedir a medição do consumo de água.

Além disso, a companhia diz que está gradualmente substituindo os hidrômetros convencionais por modelos blindados contra ímãs e que não podem ser burlados por ondas magnéticas. Essa troca não está restrita aos casos de suspeita de fraude com ímã: todos os hidrômetros da companhia serão substituídos gradualmente pela nova tecnologia.  Em média, a substituição dos hidrômetros é efetuada a cada seis anos.

62 FURTOS DE ÁGUA POR DIA EM SÃO PAULO

O número de irregularidades identificadas na Região Metropolitana de São Paulo subiu 34% na comparação com igual período de 2015. De janeiro a maio de 2016, foram 9.428 casos, contra 7.012 em 2015. Para se ter uma ideia, no período a companhia identificou e interrompeu, em média, 62 furtos de água por dia.

Em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, a Sabesp realiza operações conjuntas com a polícia, para casos em que o fraudador impede a fiscalização e para prender os agentes fraudadores – que vendem a adulteração para moradores, comerciantes e indústrias.

O volume de água desviado com essas fraudes foi de 1,444 bilhão de litros, suficiente para abastecer uma cidade do porte de Ferraz de Vasconcelos, com 182 mil habitantes, durante um mês inteiro. A companhia cobra retroativamente a tarifa pela água furtada e pelo esgoto coletado. Além disso, o responsável pela fraude responde por crime de furto e pode pegar até oito anos de detenção. O prejuízo estimado foi de R$ 13,48 milhões.

86% DOS FURTOS EM RESIDÊNCIAS

Das 9.428 fraudes identificadas neste ano, 7.987 foram registradas em residências, o que representa 86% do total. Em imóveis comerciais, ocorreram 890 casos e na indústria e economia mista, 371.  No entanto, as fraudes em comércios geram um desvio muito maior de água por causa do tipo de consumo. A violação de hidrômetro (64%) e as ligações clandestinas (36%) foram as principais ocorrências.

A Sabesp ressalta a importância da população na identificação do crime de furto de água pelos telefones 195 ou pelo Disque-Denúncia (telefone 181), cuja chamada é gratuita e não exige a identificação de quem telefona. “A fraude prejudica toda a população. Quem comete o crime não se preocupa com o desperdício, pois acredita que não irá pagar pelo alto consumo. É comum entre fraudadores deixar torneiras abertas e não consertar vazamentos”, afirma Marcelo Fridori, superintendente de Auditoria da Sabesp.

Redação 14 News

Redação 14 News

Você pode gostar também