Fotografar parece simples, mas entender a técnica é essencial para tirar fotos com qualidade. É preciso compreender o funcionamento das câmeras e, com algumas orientações, é possível capturar imagens perfeitas.
De acordo com Guilherme Augusto Rago Ferraz, docente da área de comunicação e artes do Senac Botucatu, o estudo da fotografia não envolve apenas o conhecimento do equipamento, mas também da luz. “Isso inclui desde como a cena ou objeto está iluminado até o enquadramento que se deseja para a foto. Tudo isso para criar uma boa experiência fotográfica”.
O advento da fotografia digital favoreceu não só o trabalho dos fotógrafos profissionais, mas também dos amantes do universo da imagem. A tecnologia trouxe praticidade e reduziu os custos, possibilitando o acesso a câmeras amadoras com melhores recursos e qualidade de resolução.
“Antigamente, só era possível saber como ficou uma foto por câmeras instantâneas como a do modelo polaroid. Com o meio digital, é possível ver na hora o resultado da fotografia, diminuindo os custos de uma revelação ou, então, o da pós-produção, que hoje são realizadas por softwares de tratamento de imagem”, explica Guilherme.
Para orientar os interessados em aprender técnicas rápidas e importantes para uma boa composição da foto e aproveitar melhor a experiência fotográfica, o docente reuniu seis dicas importantes:
1 – Enquadramento e a “regra dos terços”
Para entender a “regra dos terços”, é preciso dividir mentalmente o visor da câmera em três colunas e três linhas, como se fosse um jogo da velha (algumas câmeras já oferecem esse recurso, que pode ser visualizado na tela de LCD). Com isso, é importante fugir do clichê de colocar o assunto sempre no meio da foto. A dica é explorar os pontos em que as linhas se cruzam, as intersecções, com o objetivo principal de enquadrar a imagem em algum desses pontos. Isso pode fazer toda a diferença e deixar a foto ainda mais interessante.
2 – Ache um apoio
O tripé é uma boa opção para ter uma foto sem tremidos. Caso a pessoa não tenha esse equipamento, a sugestão é buscar um apoio firme para a câmera. Com isso, fica mais fácil ajustar a exposição e a abertura sem se preocupar em tremer. Outra orientação é evitar aqueles cliques com o braço esticado quando não tem alguém para tirar a foto. Tecnicamente, a tremida ocorre na fotografia pela exposição em baixa velocidade. “Ajustar a velocidade do clique na câmera, por exemplo, é uma solução que evita as tremidas, principalmente quando não dá para ter apoio”, explica o docente.
3 – Zoom digital ou óptico
O mais indicado aos iniciantes da fotografia é explorar o zoom óptico da câmera. É conhecido como “zoom real”, pois ele aproxima a imagem como se o objeto estivesse próximo, utilizando apenas o conjunto de lentes da câmera. Por outro lado, a maior parte das câmeras fotográficas já vem com um software de zoom digital, que faz o redimensionamento da imagem. Esse recurso pode ocasionar distorções mínimas dos detalhes da imagem. Ou então, quando mal utilizado, pode causar fotos tremidas e desfocadas.
4 – Fotos externas e ao ar livre
As horas mágicas para fotografar são após o nascer do sol, das 8 às 10 horas, e depois das 16 horas, nos minutos que antecedem o pôr do sol, pois a luz é mais difusa e tem um tom dourado. É recomendado evitar fotografar por volta do meio-dia, quando o sol está no ponto mais alto, porque vai produzir sombras no pescoço, embaixo dos olhos, nariz e queixo. Segundo o docente, a fotografia é muito subjetiva, não há regras. O mais importante é aprender a dominar a luz e a câmera, para depois fazer o que quiser. “Essas são regras para países tropicais, cuja incidência da luz solar é altíssima no período vespertino. Em casos de viagem para outros países, procure sempre entender a incidência da luz naquele lugar”, orienta Guilherme.
5 – Cartões de armazenamento
O ideal é utilizar cartões de memória com, no mínimo, 8 GB para evitar ficar sem espaço para suas fotos.
6 – Experimente
Não há melhor dica do que experimentar e explorar ao máximo os recursos da câmera, por isso, o ideal é praticar. Ler o manual do equipamento e entender como funcionam os recursos ajuda a conhecer a capacidade da sua câmera. A dica do docente é simples: teste todas as configurações possíveis. “O segredo da fotografia está na prática e não existem erros”, destaca.
Formação na área
Com duas turmas iniciando em 10 de fevereiro, o curso de curta duração Introdução à Fotografia Digital prepara o aluno para dominar o correto manuseio de câmeras digitais amadoras com agilidade e segurança, e utilizar os recursos do equipamento e seus dispositivos para fotografar ambientes, paisagens, pessoas e objetos. As aulas serão realizadas aos sábados, das 13 às 17 horas.
O Senac Botucatu também está com inscrições abertas para mais dois cursos de curta duração na área de comunicação e artes: Fotografia Mobile e Tratamento de Imagens Para Fotógrafos. Para conhecer mais sobre os cursos e se inscrever, basta acessar o Portal Senac.
Serviço
Introdução à Fotografia Digital
Data: 10 de fevereiro a 13 de março de 2018
Horário: das 8 às 12 horas, sempre aos sábados
Local: Senac Botucatu
Endereço: Rua Dr. Rafael Sampaio, 85 – Bela Vista
Informações e inscrição: www.sp.senac.br/botucatu
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(com Assessoria de Imprensa)
