Mesmo fora dos anos de realização dos Censos Demográficos, o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, realiza continuamente pesquisas nos domicílios brasileiros como a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), para levantar informações sobre as condições de vida da população, o que é essencial para a definição de políticas públicas eficazes.
É esperado que você tema abrir a porta da sua casa para um desconhecido, por isso fique de olho nas dicas abaixo para se proteger contra possíveis golpes de pessoas mal-intencionadas que fingem ser profissionais do IBGE.
Ao seguir o checklist da segurança, você contribui com esse trabalho tão importante, que gera benefícios à população, sem correr nenhum risco.
Cheque o uniforme oficial
O primeiro passo para identificar um entrevistador do IBGE é o uniforme. Ele usa um colete azul marinho com logomarca, site e telefone do IBGE em branco. Mas o mais importante é o crachá. Ele precisa ter foto do profissional, nome completo e matrícula.
Os entrevistadores também usam um aparelho digital para a coleta dos dados, o Dispositivo Móvel de Coleta (DMC). O equipamento é coberto por uma capa azul e tem um tamanho um pouco maior do que um aparelho celular.
“A utilização do colete, do crachá e do DMC pelo entrevistador do IBGE é obrigatória. Caso o entrevistador, por alguma razão, compareça ao domicílio sem algum item obrigatório, o morador pode solicitar que ele retorne outro dia com o uniforme completo.” orienta o Chefe da Agência do IBGE em Botucatu/SP, Henrique Aguiar Siqueira.
Para garantir que está recebendo um entrevistador credenciado do IBGE, é possível checar de duas formas:
– Pela internet, no site do IBGE (https://respondendo.ibge.gov.br/entrevistador.html): ao acessar, aparece uma aba com um espaço para digitar a matrícula, o CPF ou o RG que estão no crachá do entrevistador.
– Pelo telefone 0800 721 8181 (ligação pode ser feita de telefone fixo ou celular): um atendente fará a checagem e informará se ele faz parte do instituto.
Coleta de dados em diferentes domicílios
Como as pesquisas do IBGE são feitas em todo o território, isso inclui residências com diferentes características. Durante seu treinamento, os entrevistadores receberam instruções sobre como abordar os moradores e realizar a pesquisa em situações específicas:
– Os entrevistadores não são orientados a pedir para entrar nas residências. A orientação é fazer a entrevista na frente do imóvel. “O informante pode responder do portão, à distância, caso seja uma casa”, orienta o Chefe da Agência do IBGE.
– Em caso de domicílios distantes, em áreas rurais ou de difícil acesso, os pesquisadores também não são orientados a entrar nas residências. “Isso vai muito da sensibilidade das pessoas. Sabemos que, em lugares assim, há casos até que o morador oferece uma água ou um lanche, pergunta se não precisa usar o banheiro. Os entrevistadores podem aceitar a hospitalidade, desde que o morador ofereça”.
Perguntas e situações sensíveis
Os questionários das pesquisas domiciliares e sociais do IBGE possuem perguntas que podem parecer sensíveis porque envolvem assuntos como documentação e renda. Em relação a isso, algumas particularidades devem ser observadas:
– O IBGE não pede informações bancárias, como saldo de conta corrente, poupança, situações envolvendo transferências bancárias, pix, muito menos senhas. “Temos algumas perguntas que podem ser consideradas sensíveis para algumas pessoas por se tratar do nível de renda dos moradores, mas nenhum dado bancário faz parte da coleta das pesquisas do IBGE”, afirma Henrique Aguiar Siqueira.
– O IBGE não pede que o morador do domicílio entregue qualquer documento, seja original ou cópia. “Durante a aplicação do questionário, o entrevistador pode pedir para que o morador consulte algum documento para levantar alguma informação de que ele não se lembra de cabeça. Mas o entrevistador nunca solicitará a entrega do documento, seja original ou cópia.”, esclarece Siqueira.