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Chega a 30 o número de mulheres por ano que acionam a justiça para interromper a gestação em Botucatu

Chega a 30 o número de mulheres por ano que acionam a justiça para interromper a gestação em Botucatu (SP).

Em todos os pedidos os fetos não possuem a menor possibilidade de sobreviver. É muito difícil para as mães essa decisão. ” Elas sentem seus filhos no ventre, mas sabem que ao fim da gestação, infelizmente, seus filhos não irão sobreviver”. 

É uma situação muito triste, mas demanda uma ação rápida da Justiça, o que efetivamente ocorre em Botucatu, com o julgamento desses casos em 2 ou 3 dias. Além disso, em todos os casos, se a gestação for levada a termo,  as mulheres também podem colocar sua vida em risco, já que as enfermidades dos fetos são gravíssimas. 

Só neste mês foram 6 pedidos de interrupção terapêutica da gestação”. Um deles saiu nesta semana. “Durante o período em que o feto foi gerado, os rins não se desenvolveram, o que levaria o feto a óbito, uma vez que os pulmões não se formariam. Todos são casos em que os fetos não têm possibilidade de sobrevivência”, explicou a advogada Paula de Quadros Moreno Felicio que faz um trabalho voluntário junto ao hospital da Unesp de Botucatu, há 23 anos, ajudando as mães encaminhando os pedidos à justiça.

A advogada explica ainda, que em 3 casos a gestação pode ser interrompida por autorização da lei, a saber, quando houver risco de vida para a mãe; estupro até 20 semanas, depois desse período  deve ser pedido o alvará para o procedimento e ainda os fetos anencéfalos que, a partir de 2012, o STF passou a permitir a interrupção, onde há a ausência da função cerebral. “Todos esses casos também apresentam sérios riscos à saúde das gestantes”, ressalta a advogada.

Apesar de saber que o feto não vai sobreviver, existe a dificuldade de se lidar com essa realidade. Em uma ocasião houve um caso onde a mãe foi obrigada a fazer três interrupções e depois, por orientação médica,  acabou desistindo porque foi indicado que era, provavelmente, um problema do casal (em ter filhos)”, cita a Dra. Paula de Quadros Moreno Felicio.

Antes de propor a interrupção, as mulheres são encaminhadas ao acompanhamento psicológico para amparo durante todo esse processo. 
“Para mim é recompensante ajudar as gestantes, mas é muito difícil fazer esses pedidos, uma vez que sou mãe” finalizou a advogada. 

Apesar de saber que o feto não vai nascer existe a dificuldade de se lidar com essa realidade. Todos os casos são muito tristes. Antes de propor a interrupção,0 as gestantes são encaminhadas para o serviço de psicologia da Unesp que acompanham todo o processo de interrupção, bem como após a realização do procedimento.

 

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(do Agência14News)

Redação 14 News

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