O número de casos de cinomose vem crescendo substancialmente em Botucatu. Todos os dias o setor de Moléstias Infecciosas do Hospital Veterinário da Unesp recebe cães com suspeita da doença. Os cães em estágio mais avançado, devido ao mal prognóstico, são submetidos a eutanásia.
Essa doença causa comprometimento sistêmico, podendo afetar vários órgãos, resultando em comprometimento pulmonar, gastrointestinal, dermatológico e neurológico. Quando a doença atinge a fase neurológica, em muitos casos o prognóstico se torna desfavorável e o cão afetado evolui para o óbito ou em caso de remissão da doença, podem ocorrer seqüelas neurológicas crônicas.
A doença é transmitida através do contato direto com cães doentes, ou de forma indireta pelo contato com secreções, urina e fezes infectadas pelos animais com cinomose.
Como funciona o tratamento?
No estágio inicial da doença, o tratamento auxilia no combate aos sinais clínicos, evitando a evolução do quadro clínico.
Por isso, o diagnóstico precoce e a terapia adequada, são fundamentais para o êxito do tratamento.
Podem ser utilizados medicamentos, conforme a fase da doença, como antibióticos de amplo espectro, expectorantes, broncodilatadores, antitérmicos, anticonvulsivantes e algumas vitaminas para melhorar a resposta imunológica.
A prevenção da cinomose
A vacinação com a vacina múltipla canina previne várias doenças, entre elas a cinomose e deve ser aplicada somente pelo médico veterinário, em clínicas ou hospitais veterinários.
Os filhotes devem receber 3 doses, a partir de 45 dias de vida, com intervalos de 3 a 4 semanas e a dose deverá ser repetida anualmente.
Antes da vacinação, é importante o cão ser submetido a uma avaliação do médico veterinário para verificar se o canino está em boa condição de saúde para receber a vacina.
A vacinação é a melhor forma de prevenção para conter surtos da cinomose.
Dra. Luanda Ferreira Cipriano- Médica Veterinária