Com sede recém inaugurada através de recursos oriundos da Lei Paulo Gustavo através do edital de fomento à cineclubes, o Cineclube Paratodos retoma suas atividades que até o ano passado eram quinzenais, para sessões semanais, no Jardim Paraíso.
A primeira sessão aconteceu a semana passada com a exibição de “Pulp Fiction”, de Quentin Tarantino, que completa 30 anos em 2024.
“Pulp Fiction é um divisor de águas e um dos filmes mais falados e lembrados de sua geração, alavancou a carreira de Tarantino ao status de astro pop. Este clássico de linguagem ágil, espírito jovem, investiga e brinca com a linguagem cinematográfica transcriando a literatura Pulp para o cinema, em uma história de trama intrincada e roteiro apurado, onde tudo e todos estão a flor da pele”, diz Pedro Barroca, curador da programação do Cineclube.
A programação será de filmes brasileiros, contemporâneos, clássicos e outros gêneros, contando também com uma parceria com o LiSM – Liga de Saúde Mental da FMB, que participará da escolha dos filmes e dos debates, toda segunda quinta-feira do mês.
Para este ano, além das exibições semanais que serão mediadas pelos participantes do Cineclube Paratodos, toda última quinta do mês as sessões serão mediadas por um convidado. Em junho, Daniel Kojak, que é formado em Rádio e TV pela Unesp de Bauru e trabalha com audiovisual há mais de 10 anos. Escolheu um filme brasileiro, da década de 80. Kojak tem diversos trabalhos na direção de filmes, entre curtas e longas, incluindo o documentário botucatuense “Boa Vizinhança”.
“Eu escolhi exibir o filme Pixote por enxergar ele entre os melhores filmes nacionais da história, mas que por ser um pouco mais antigo acaba não recebendo tantos holofotes como Cidade de Deus, Carandiru e Tropa de Elite”, diz o convidado.
O Cineclube Paratodos fica na Rua Pedro Delmanto, 677 – Jardim Paraíso e exibe filmes gratuitamente com debates após as sessões, toda quinta-feira, às 19h30.
A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústrias Criativas de São Paulo com recursos da Lei Paulo Gustavo, através dos editais de fomento a Cineclubes.
Sobre o Cineclube Paratodos
O Cineclube nasceu em 2005, do encontro de jovens da cidade de Botucatu, interessados na sétima arte, que se reuniam semanalmente em lugares diferentes, para assistir e discutir filmes fora do circuito comercial. O nome Paratodos foi escolhido pelo grupo em referência ao Teatro Municipal e importante Praça da cidade, ambos chamados popularmente de Paratodos, ou seja, o significado deste nome para os botucatuenses ultrapassa o entendimento de democratização: quando se diz PARA TODOS, é um nome afetivamente ligado com a história da cidade, principalmente a história do cinema.
Além da programação regular que é semanal, a associação também está trabalhando no projeto CIRCULA CINE, que consiste em exibições ao ar livre em diversas praças da cidade e oficina de audiovisual.