29 de março de 2024
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Covid: teste de farmácia feito na ponta de dedo não é eficaz, alerta especialista da Unesp

-Alguns testes com cotonete são os mais confiáveis.

Teste de farmácia com a coleta de sangue pela ponta do dedo não é eficaz para descobrir se a pessoa está com a Covid-19 , pois tem grande probabilidade de falso negativo ou falso positivo, segundo informaram infectologistas ouvidos pelo 14News, nesta quarta-feira, 03 de fevereiro de 2021.

Mas, esse tipo de teste tem sido vendido à larga escala, o que pode gerar falsa segurança, ou até testar que uma pessoa está com o vírus sem isso ser verdade.

“Nenhuma entidade científica, nem a Agência Nacional de Vigilância, Sanitária -Anvisa, recomenda testes rápidos com sangue para fazer diagnóstico Covid. Nem na fase aguda, com sintoma, ou se já teve contato, porque são exames que têm baixa sensibilidade, ou seja, podem dar falso negativo durante o período ativo da doença; e baixa especificidade: podem dar falso positivo acusando que a pessoa já teve Covid, sendo que ela não está protegida”, comentou o infectologista da Unesp, Alexandre Naime Barbosa que também é membro da titular e especialista pela Sociedade Brasileira de Infectologia.

Na divulgação, uma das farmácias de rede diz que “em caso de suspeita da doença, o teste rápido é indispensável”. “Para proteger você e as pessoas com quem convive, agora nossa unidade de Botucatu conta com teste de Covid-19. Com resultado imediato, o exame precisa ser agendado com antecedência e pode ser aplicado em pessoas com idade acima de 2 anos”. Segundo o anúncio, esse teste é vendido ao valor entre R$ 100 e 110.

A reportagem procurou a rede de farmácias, mas ainda não recebeu resposta.

Qual tipo de teste funciona?

Considerado o “padrão ouro” ou “padrão de referência”, o RT-PCR é o exame que identifica o vírus e confirma a covid-19. Ele é coletado através do swab (cotonete).

O teste de antígeno pode ser usado em segundo lugar para identificar situação aguda de caso ativo do vírus. Trata-se de um teste rápido capaz de detectar a proteína do nucleocapsídeo viral do SARS-CoV-2, que, se o resultado for positivo, significa infecção viral ativa.

NOTA DA ANVISA E AGÊNCIA BRASIL SOBRE OS TESTES

Testes rápidos ou sorológicos

Os primeiros são os chamados testes rápidos, capazes de dar uma resposta quase imediata se a pessoa já teve a doença. A partir da coleta de sangue, que permitirá verificar a presença de anticorpos no soro ou no plasma do paciente, esses exames podem apresentar o resultado em até 30 minutos.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é preciso, no entanto, que o corpo tenha tido tempo de produzir as defesas contra o vírus para que o exame dê um resultado positivo. O tempo estimado é de pelo menos oito dias após o início dos sintomas para que seja possível indicar se a pessoa teve contato com o vírus.

O resultado é dado por meio de uma substância reagente, que muda de cor ao entrar em contato com as imunoglobulinas (anticorpos produzidos pelo corpo contra infecções). Os testes rápidos para covid- 19 são os que identificam as imunoglobulinas G e M (IgG/IgM). Caso a pessoa já tenha tido contato com o vírus, ela pode ter imunidade temporária ou resistência à doença.

Como são baseadas na resposta imunológica do paciente, que pode variar de pessoa para pessoa, a Anvisa alerta que esses testes não confirmam de forma definitiva se a pessoa tem ou não a doença. A principal função desses exames é avaliar a disseminação do vírus em determinadas populações, de forma a embasar ações de saúde pública.

Teste molecular

Os testes RT- PCR, por outro lado, identificam a presença de material genético do vírus no corpo do paciente. A sigla em inglês significa: Reação em Cadeia da Polimerase com Transcrição Reversa. De acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), são esses testes que determinam de forma mais confiável se a pessoa tem ou não covid-19.

Para fazer o exame, são coletadas amostras de secreções do nariz ou da garganta do paciente. Em geral, esses testes são feitos, sob prescrição médica, quando a pessoa apresenta sintomas da doença. Ele não mostra se a pessoa já teve a doença, como os sorológicos, mas se há vírus vivos no corpo da pessoa naquele momento. Esse teste deve ser feito pouco tempo depois de a pessoa apresentar os sintomas. Caso seja feito muito tempo depois, em um estágio final da infecção, pode não haver mais traços suficientes do vírus para um diagnóstico preciso.

Os resultados não são imediatos. Os laudos podem demorar alguns dias para serem finalizados. O laboratório vai buscar fragmentos do material genético do vírus (RNA) nas amostras colhidas do paciente. Caso esse material seja encontrado, as moléculas serão analisadas para determinar se pertencem ou não ao vírus causador da covid-19. (Do 14News com Agência Brasil).

Redação 14 News

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