Não basta acompanhar o município de Botucatu. E a região? Afinal temos um intenso relacionamento (social comercial e de trabalho) e nossos leitos de Enfermaria e UTI são fraternalmente compartilhados. Por isso, o Prof. Vieira e eu escolhemos alguns indicadores para tirar este retrato.
CASOS – A primeira constatação é que ainda temos menos casos do que a média do Estado, embora o crescimento destes, no mês de agosto, esteja acima da média estadual. Especialmente, vejam, nos menores municípios de nossa região, conforme previsto pelos especialistas. A quarta e quinta Fases da epidemia, indo para os pequenos e para a zona rural.
ÓBITOS – Se os casos cresceram mais por aqui, isso não aconteceu com as mortes por Covid-19. São cerca de 1/3 das do estado (por 100 mil habitantes) e vem aumentando abaixo da média estadual (especialmente nos menores municípios).
MORTALIDADE (proporção de óbitos por 100 mil pessoas) – muito homogênea na região. Em patamar de UM TERÇO da média do Estado (o que é muito bom). Algo como 20 para 65/ 100 mil respectivamente.
LETALIDADE (% de óbitos dentre os que adoecem) – Aqui TAMBÉM ESTAMOS MUITO BEM! Principalmente o município de Botucatu (45% da letalidade do Estado).
Estes são os números e por trás deles MUITO TRABALHO E COMPETÊNCIA!
Esta homogeneidade regional resulta BASTANTE da extensão dos exames de RT-PCR, colhidos pela prefeituras e realizado no HC-FMB, para todos municípios da região desde julho. Isto significa diagnóstico, acompanhamento e vigilância precoces.
Resulta também da EXCELÊNCIA DO TRATAMENTO prestado pelo HOSPITAL DAS CLÍNICAS da FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU aos casos graves de toda a região (ou seja as pessoas doentes com risco efetivo de morrer).
MUITO ORGULHO do nosso SUS regional e demais serviços e, em especial, seus dirigentes e trabalhadores.
Resta à população reconhecer este tremendo esforço e manter atitudes de CONTROLE DA PANDEMIA que possa CONTER A CADEIA DE EXPANSÃO DOS CASOS >> INTERNAÇÕES >> MORTES.
Não podemos fazer vistas grossas ao que está se passando com fragrantes atitudes de desrespeito às regras mínimas de higiene e distanciamento social. (Por Antonio Luiz Caldas – médico e docente da Unesp).
