24 de abril de 2024
logo-14news.svg

Desde 2015 | A informação começa aqui!

Professores questionam retorno e prefeitura diz que não haverá aula presencial antes do dia 22 de fevereiro

Uma carta assinada como Grupo “Professores Botucatu” mostra preocupação do retorno às aulas municipais que está programada para o dia 22 de fevereiro de 2021.

Uma pessoa que conversou com o 14News disse que os educadores preferiram não se expor com assinatura da carta para evitar algum conflito.

O Grupo que fez a carta existe no WhatsApp onde os educadores trocam informações e experiências sobre a atividade escolar, incluindo assuntos da categoria.

O sindicato dos servidores informou na tarde deste sábado ao site que não foi procurado pelos educadores, porém está à disposição da categoria para levar qualquer solicitação ao poder público. “Em nenhum momento fui procurar para mediar alguma coisa. Mas o sindicato está aberto para ouvir os professores. Hoje estamos seguindo um decreto do governador. Sobre o que pode acontecer na educação ainda é uma incógnita. Precisamos consultar os pais. Também a prefeitura ouvir todos antes de tomar uma decisão do retorno às aulas. Espero os professores me procurarem para eu intermediar alguma ajuda”, disse Fernando Pascussi, presidente do sindicato. Ele mais tarde disse que foi procurado por uma das educadoras que irá apresentar as solicitações ao sindicato.

A carta traz os seguintes trechos: “A Secretária da Educação Profª. Cristiane Amorim, temos a certeza, fará um trabalho extenuante, pois ela deve estar tentando analisar tudo o que foi feito para colocar as diretrizes de sua proposta à frente de uma secretaria que tem o segundo maior recurso financeiro. Logo, não é dela que estamos nos referindo, mas a toda estrutura da secretaria municipal e a todos os outros que devem contribuir para que nós professores, possamos cumprir nossa atividade, nosso trabalho, que é educar seres humanos, para serem cidadãos conscientes”.

“Não há missão que resista, não há trabalho que se realize pelos que são normalmente culpados”.

“Somos professores, e talvez, sejamos culpados por querer que nossos alunos sejam preservados. Somos culpados, por não querermos levar a doença para nossa casa. E didaticamente, podemos lembrar das disciplinas que podem dizer sobre os erros da falta de reflexão e ação institucional. A história já mostrou, funcionários públicos foram responsáveis pelo envio dos judeus aos campos de concentração. A ciência mostrou que ainda serão necessários muitos estudos para uma vacina eficaz, a falta de investimento
em pesquisas mostrou o quanto estamos errando; sem contar da higiene necessária ao combate desta doença”.

“A matemática mostra o número exponencial de doentes e de mortes pelo Covid 19, também em nossa cidade. A geografia nos diz os locais onde
podem ocorrer mais acometidos pela pandemia. Enfim, são tantas aprendizagens que teremos que aprender… E se nós não estivermos atentos aos atos que os responsáveis pelas diretrizes políticas da cidade estão tomando, e se, nós professores só obedecermos, poderemos contabilizar muitos mais doentes. Portanto, a nossa, talvez, desobediência, não seja
civil, mas seja um ato de amor, amor pela educação, amor pela vida, amor por todos os cidadãos botucatuenses”. (Professores da Rede Municipal de Educação do Grupo “Professores Municipais”).

Atualmente, nesse período sem aulas, existem educadores trabalham de forma rotativa nas unidades educacionais. Entre as atividades está a organização e limpeza dos espaços escolares.

A reportagem procurou a Prefeitura que ao ter um questionamento ou definição que transmita essa mensagem aos educadores da rede municipal.

Segundo o prefeito Mário Pardini “avaliaremos o cenário epidemiológico diariamente para tomar decisões. Antes do dia 22/02 não haverá retorno presencial”.

SP reverte decisão judicial e mantém volta às aulas presenciais para 8 de fevereiro

O Governo do Estado reverteu a decisão judicial que suspendia o retorno das aulas presenciais para o dia 8 de fevereiro. A decisão foi proferida nesta sexta-feira (29) pelo Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Geraldo Francisco Pinheiro Franco.

Com isso, as 5,1 mil escolas da rede estadual ficam autorizadas a iniciar o ano letivo a partir do dia 8, enquanto que unidades particulares e municipais podem retomar antes.

A Secretaria de Estado da Educação argumentou que cerca de 1,7 mil escolas estaduais em 314 municípios retomaram atividades presenciais em São Paulo desde setembro de 2020, sendo 800 na capital. Não houve nenhum registro de transmissão de coronavírus dentro dessas unidades até o momento.

Para garantir a segurança na retomada, o Estado distribuiu insumos destinados a estudantes e servidores, como 12 milhões de máscaras de tecido, mais de 440 mil protetores faciais de acrílico), 10.740 termômetros a laser, 10 mil totens de álcool em gel, 221 mil litros de sabonete líquido, 78 milhões de copos descartáveis, 112 mil litros de álcool em gel, 100 milhões de rolos de papel toalha e 1,8 milhão de rolos de papel higiênico.

Merenda

A partir de segunda (1), as escolas estaduais estarão abertas para ofertar merenda aos estudantes que se cadastraram previamente. Todos os 3,3 milhões de alunos da rede estadual poderão se alimentar nos dias de aulas presenciais. Para os 770 mil mais vulneráveis, a merenda será servida diariamente.

Retorno regional

O retorno ocorrerá de forma regionalizada, de acordo com os Departamentos Regionais da Saúde e segundo critérios de segurança estabelecidos pelo Centro de Contingência do coronavírus.

A decisão para manter escolas abertas em todas as fase do Plano São Paulo é baseada em experiências internacionais e nacionais e visa garantir a segurança dos alunos e professores, bem como o desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças e adolescentes.

Se uma área estiver nas fases vermelha ou laranja do plano, as escolas da educação básica, que atendem alunos da educação infantil até o ensino médio, poderão receber diariamente até 35% dos alunos matriculados. Na fase amarela, elas ficam autorizadas a atender até 70% dos estudantes; e, na fase verde, até 100%. Os protocolos sanitários devem ser cumpridos em todas as etapas.

Em 2020, as 5,1 mil escolas estaduais também receberam R$ 700 milhões pelo Programa Dinheiro Direto na Escola de SP. A verba foi destinada para manutenção e conservação das unidades para a volta segura das aulas presenciais. Outros R$ 700 milhões já foram liberados para os preparativos do ano letivo de 2021.

Veja o despacho completo do TJ-SP que permite o retorno às aulas presenciais.

Redação 14 News

Redação 14 News

Você pode gostar também

Fique informado

Receba nossas news em seu e-mail.

Publicidade

Mais recentes